Desde que nos conhecemos por “ gente”, a escola, estrutura da vida em sociedade, existe. Na verdade, muito antes, até! Pensamos nela como um bem valoroso na educação dos filhos. Sabemos quão determinante pode ser, tanto para o bem quanto para o mal. A escola pode ser uma escolha ou uma condição. Mesmo assim, ainda será pauta na vida dos pais, incessantemente. E esta conversa entre família e escola durará bons anos, durante a formação do indivíduo.

 O que devo considerar na escolha da escola para minha criança?

Inovação, conteúdos, tecnologia, índices de aprovação, o ambiente? São muitas as expectativas em relação à instituição escola, que não por acaso, é o segundo núcleo social que a minha criança frequenta. É para a escola que ela vai assim que sai de casa. Portanto há de se entender que, embora tenham papéis distintos, não podemos dissociar o indivíduo, estabelecendo uma dicotomia na sua formação, desprezando a intersecção que a familia e escola, estabelecem em sua vida.

Podemos perceber, muito cedo, que não educamos nossas crianças, apenas sob a luz de nossos conceitos e valores familiares, mas uma vez pertencendo a uma sociedade, oferecemos também, a ela, todo tipo de influência ali presente.

 Mas escola é ....???? Ou escola serve para ...???

Observamos critérios, desde o currículo específico, grupo social, etnias, metodologias, entre outros, até mesmo uma escola que garanta um prato de comida. A escola atende a necessidade da estrutura social.

Muito bem, quando faço uma reflexão sobre esses questionamentos, posso entender melhor que escolhas estou fazendo em relação a educação da minha criança.

Deve ser  intenção da escola, promover capacidades, aprendizagem de habilidades específicas e apropriação de conteúdos culturais (sim, culturais), necessários ao indivíduo, para que esse seja, aquele adulto ativo, dentro do seu grupo de referência. Por exemplo:

O que nossa cultura pede, atualmente?

Capacidade intelectual, autonomia, sustentabilidade ambiental, entre outras. Portanto a escola deve oferecer essa resposta para tal sociedade. Escola tem projeto político pedagógico, onde constam propostas que permeiam, desde a ética até o currículo. Quais são as habilidades indispensáveis a esse indivíduo?

Pois bem, essa difícil e exaustiva tarefa, consiste nada menos, do que atingir um equilíbrio entre uma resposta educativa para todos e uma função dessa mesma, para o sujeito. Isto é, além de ter uma tarefa para o coletivo, aprendizagens essenciais, através do currículo, deve tocar cada qual, em seu próprio desejo, afinal, o que nos define como humanos é exatamente a diversidade e personalidade.

O que isso quer dizer?

 que posso ter uma boa formação acadêmica que me sirva para outras escolhas na vida em sociedade, assim como, posso não me beneficiar desta, nem mesmo individualmente. Por isso observamos índices tão bons ou ruins, relativos a desenvolvimento, seja ele, econômico, social, ambiental, relacionados a formação academica de um país. Aquela velha máxima, “só a educação transforma” é comprovada de maneira contundente. Sociedade mais desenvolvida, boas escolas.

Então, nossas escolhas em relação a escola dos filhos, não é tão inocente, nem deve ser negligenciada, no sentido de que esta é um ato politico de perpetuar um modo de viver. Escolas desiguais, sociedade desigual também.

É frequente escutarmos: “ onde esse menino (a) aprendeu isso? Aqui em casa não foi!!! Essa realidade resume, de maneira breve, a janela que se abre quando introduzimos nossas crianças, no mundo além –casa, nos convidando a refletir melhor sobre outra fala comum: “ quero dar o melhor para o meu pequeno”.

Uma boa escola é aquela que assegura aprendizagem de qualidade e faz a leitura, com respeito e autonomia, do espaço social que habita. Quanto mais abrangente socialmente, mais educativa, transformadora e inovadora. Afinal não queremos educar uma criança, dentro de casa, para sempre, não é??