No entendimento da maioria da população brasileira
(...) “é na escola que se aprendem as coisas que se podem alcançar as condições
de ser alguém na vida”, conforme o educador José Carlos Libâneo em seu livro
“Didática. Entretanto, segundo o mesmo autor, a visão deveria também ser
ampliada para a “educação não-formal” e o
“lazer”, os quais estão marcados pela “intencionalidade qualitativa”, porque
procuram provocar no sujeito ideias, valores e atitudes e tem suas atividades
pedagógicas estruturadas “fora do sistema escolar convencional”.
Na
verdade, são duzentos dias em estudos programados no espaço tradicional da
instituição e os demais, o que são feitos deles? Os alunos estão em constante
crescimento intelectual na sua vivência em sociedade. Então, torna-se
importante conhecer os seus interesses, pela sua aculturação das mídias
modernas do século XXI. Assim, os colégios poderiam desenvolver suas
habilidades e competências, a fim de usufruírem de um contexto social evolutivo
de mudanças rápidas.
O doutor em pedagogia Jean Hassenforder analisa bem esse fato, em suas
pesquisas com estudantes “fora do espaço escolar”, ao apresentar os seguintes
dados: 90% estão muito mais felizes em atividade “extraescolar; 70% têm suas ideias
criativas distante dele; 60% acreditam que longe passam seus melhores momentos
do dia. Somente 15% são realizados nos seus objetivos educacionais dentro do
colégio. Portanto, torna-se primordial uma “educação não-formal na aprendizagem
como um processo de formação de aprendizes, a fim de suas vidas adquirirem um
sentido real.
Para alcançar essas metas, há
necessidade também de uma educação voltada para a vida profissional, aliada ao
lazer. Segundo o doutor Renato Antônio
Quadros de Souza Requixa, em seu livro “O Lazer no Brasil”: (...) "A educação é
hoje entendida como o grande veículo para o desenvolvimento, e o lazer, um
excelente e suave instrumento para impulsionar o indivíduo a desenvolver-se, a
aperfeiçoar-se, a ampliar os seus interesses e a sua esfera de
responsabilidades". Por isso, deveria usá-lo como um instrumento de
aprendizagem.
Em síntese, para
conseguir os resultados satisfatórios, existe a necessidade de uma
transformação nas práticas educacionais. Ainda por cima, com a capacitação dos
estudantes de instrumentos e conhecimentos necessários para organizarem sua
existência, tanto do ponto de vista profissional, como do aproveitamento da
“educação não-formal”, conjugada com o lazer. Enfim, a escola poderia cada vez
mais estar próxima dos seus alunos para que sintam a necessidade de integração
dela com a sua própria vida.
Joani Corrêa Prestes é Mestre em Letras, professor,
educador e teólogo. e-mail:jcprestesedu@hotmail.com; Twitter: @teachervjcp;
Instagram – @joanicorreaprestesoficial