Em 1990 foi lançado pela Nasa o Telescópio Espacial Hubble, que capturou cinco anos mais tarde, em dezembro de 1995, a foto mais importante da história da Astronomia: um “vazio” de uma área do Universo.

A área em questão havia sido observada por pesquisadores que usaram telescópio por onze dias, mas nada era visto. Com o registro fotográfico, descobriram que naquela região em “L” no céu do hemisfério Norte abrigava simplesmente três mil galáxias.

"Se tirássemos uma foto com uma exposição clássica de alguns minutos, como se faz com telescópio, não se via nada. O Hubble passou por uma atualização e foi observada por dez dias essa região do céu. Quando se fez a análise, o que se viu foi uma região com simplesmente três mil galáxias”, 

disse o Professor Rafael Riffel, do departamento de astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. “Isso mostrou que o Universo era muito mais vasto do que poderíamos imaginar”, acrescentou.

Apenas para que se tenha uma noção, o perímetro da área observada pelo Hubble era o equivalente ao de uma moeda. Hoje, a área é chamada de “Campo Profundo de Hubble”, na constelação Ursa Maior. O registro fotográfico foi feito pelo astrônomo Robert Willians, à época diretor do projeto espacial responsável pelo telescópio.