Hebert Conceição fez jus à expectativas postas sobre ele. Em duelo com o ucraniano Oleksandr Khyzniak, Hebert fez um cruzado de esquerda explodir no queixo do adversário, se tornando o segundo medalhista de ouro da história do boxe olímpico brasileiro.

O baiano entrou para o terceiro e último assalto com poucas opções, podendo nocautear o oponente ou acertar um soco que o levasse ao pódio. Faltando menos da metade dos três minutos para a final, o brasileiro tentou com a mão direita, de cima para baixo, foi quando o ucraniano revidou e deu margem ao socar decisivo do campeonato: Conceição o nocauteou, dando o golpe que defende ser o ideal para momentos como este.

“Apesar da pontuação adversa, eu sabia que em três minutos dá pra mudar tudo com um nocaute. Se vocês observarem, no início do round fui para a trocação franca. Pensei: ‘se eu tomar um nocaute aqui, não interessa, já estou perdido mesmo’. Sabia que na trocação era loteria”, declarou.

A Comissão Técnica tentou censurar os palavrões de Hebert que não continha a alegria, mas não conseguiu. “É Brasil! É Brasil! Rocambole pra não gritar caralho”, gritou. “Eu fiquei anestesiado com o momento. Quer dizer, eu acho que não xinguei, né? Extravasei tanto… Se eu xinguei, me perdoa. No final eu queria soltar aquele palavrão de desabafo. Falei ‘rocambole’ para representar o descarrego”, disse. O fim da partida foi marcado por um histórico “shit” que provavelmente soltou sem nem perceber, significando “merda” em tradução livre do inglês.

O que Conceição fez foi tão incrível que até integrantes da delegação de boxe, os mesmos responsáveis por pedirem a ele para evitar palavrões, não resistiram.

"O Hebert é foda."