O emprego tem sido cada vez mais tema constante nas discussões quotidianas, sejam nos lares, seja no âmbito profissional. A tendência do mercado nacional é de recuperação, com um número de admissões, 1.780.161, maior que o de desligamentos, 1.466.259 em setembro de 2021. No gráfico a seguir, obtido no Novo CAGED, os resultados parecem animadores e uma distância dos tenebrosos meses de pandemia, mas, apesar das admissões estarem aumentando, as demissões, também, o que ainda coloca sinal de alerta quanto à estabilidade de renda da famílias, fator tão essencial no bem estar social e movimento econômico.


Fonte NOVO CAGED (2021)

Apesar do relativo ânimo com possíveis novas vagas de trabalho, o problema da inflação tem maltratado as finanças pessoais do brasileiro, com projeções de 10% apenas para 2021. Este fato levanta um ponto a ser levado em consideração: a qualidade das vagas de emprego. A inflação tem açoitado as remunerações, e estas pouco mudaram: Segundo a RAIS, a remuneração média era R$ 3121,95, passando para apenas R$3156,02 em 2019. Não se deve aqui ter a noção simplista da culpabilidade do setor produtivo, mas de toda uma conjuntura macroeconômica, além do necessário aporte de recursos e provisionamento governamental para que os setores ofertantes de produtos e serviços possam ter melhores expectativas e ofertar mais e melhores chances de carreiras. Nem é preciso dizer a relevância inconteste de programas sociais para melhorar as demandas aos setores empresariais e atender setores carentes.

Em Tietê observamos alguns setores com melhor dinamismo em termos de remuneração na tabela a seguir. O destaque se dá no setor de serviços e de construção. Particular importância, aprofundando-se dentro dos setores, se encontra justamente nas atividades Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com valores acima de R$ 4.000,00. Observa-se a intersecção tradicional, comum território, entre construção, serviços imobiliários e administração pública. Talvez o caminho para uma Tietê melhor passe pela colaboração pública com o privado na melhoria do perfil da renda municipal.


Fonte: RAIS (2019)