Duas explosões que aconteceram na manhã de hoje, 26, no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul, fizeram 13 vítimas. O local vem sendo usado como rota de fuga para a população local, que tenta evacuar o país desde a tomada do poder pelo Taleban, no último dia 15, e já foi palco de inúmeras mortes, inclusive de uma criança atropelada.

Ao que parece, as explosões aconteceram em razão de ataques suicidas, no entanto, as autoridades americanas acreditam que o número de vítimas tenha sido maior. 

Os ataques se deram após a Casa Branca e seus aliados emitirem um alerta de risco iminente de atos terroristas da filial afegã do Estado Islâmico, adversária do Taleban, o que pode impactar o processo de retirada de pessoas do país. 

A primeira explosão aconteceu na entrada principal do aeroporto e outra, no hotel Baron, que fica nas intermediações, segundo informações do Pentágono. Ao menos 30 feridos foram levados para o hospital da cidade. Entre os atingidos estão civis, soldados talebans e três militares americanos, um tendo ficado gravemente ferido. A embaixada dos Estados Unidos em Cabul relatou disparos de armas de fogo.

A decisão de alguns países de suspender os voos de evacuação nesta quinta acabou gerando ainda mais alvoroço e o fluxo de pessoas à procura do aeroporto aumentou, visto que o prazo final para as operações é dia 31, terça que vem.

“Não posso ser mais enfático sobre o desespero da situação. A ameaça é real, iminente, letal”, afirmou o Ministro das Forças Armadas britânico, James Heappey, reforçando a fala do Secretário de Estado americano Antony Blinken. 

Ao todo, as operações militares retiraram do Afeganistão desde o último dia 14 cerca de 95,7 mil pessoas, aproximadamente 2% da população de Cabul. Apenas os EUA contavam com 18 mil pessoas que trabalharam ao longo dos recentes anos em sua embaixada. Em sua corrida final, já começaram a retirar os soldados enviados para as operações de evacuação, o que fez a França, Holanda e Canadá anteciparem sua saída do país para amanhã, 27.