O presidente Jair Bolsonaro
sancionou ontem (13), durante uma live transmitida nas redes sociais, o Projeto
de Lei 3267/19, que altera o Código de Trânsito Brasileiro. O texto foi uma
iniciativa do próprio governo federal, apresentada no ano passado, e foi
aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 22 de setembro .
A principal mudança é o aumento na validade da
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dez anos para condutores com menos
de 50 anos de idade. A nova lei também torna todas as multas leves e médias
puníveis apenas com advertência, caso o condutor não seja reincidente na mesma
infração nos últimos 12 meses. O projeto cria o Registro Nacional Positivo de
Condutores (RNPC), uma espécie de listagem de bons condutores.
"Não era aquilo que nós
queríamos, mas houve algum avanço. Com toda a certeza, no ano que vem a gente
pode apresentar novo projeto buscando corrigir mais alguma coisa. A intenção
nossa é facilitar a vida do motorista", afirmou o presidente, durante a
live, ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
As novas regras começam a valer
depois de 180 dias a partir da publicação da lei. Outra mudança importante da
nova lei é o dispositivo que estabelece uma gradação de 20, 30 ou 40 pontos em
12 meses conforme haja infrações gravíssimas ou não. Atualmente, a suspensão
ocorre com 20 pontos, independentemente do tipo de infração.
Dessa forma, o condutor será
suspenso com 20 pontos se tiver cometido duas ou mais infrações gravíssimas;
com 30 pontos se tiver uma infração gravíssima; e com 40 pontos se não tiver
cometido infração gravíssima no período de 12 meses.
Os condutores que exercem
atividades remuneradas terão seu documento suspenso com 40 pontos,
independentemente da natureza das infrações. Essa regra atinge motoristas de
ônibus ou caminhões, taxistas, motoristas de aplicativo ou moto-taxistas. Se
esses condutores participarem de curso preventivo de reciclagem ao atingir 30
pontos, em 12 meses, toda a pontuação será zerada.
A Secretaria Geral da Presidência
informou que o presidente vetou alguns pontos da nova lei, mas, até o
fechamento da matéria, esses vetos ainda não haviam sido detalhados.