Pelo menos 11 pessoas morreram e 13 ficaram feridas por bombardeios russos no distrito ucraniano de Nikopol, na região de Dnipro, no Sul do país.
"O inimigo atingiu o
distrito duas vezes com o Grad MLRS [sistema de lançamento múltiplo de
mísseis], disparando 80 mísseis contra bairros residenciais", disse
Valentyn Reznichenko, chefe da Administração Militar Regional de Dnipro.
Os russos "lançaram um
ataque deliberado e insidioso, enquanto as pessoas dormiam em suas casas. As
comunidades de Marhanets e Myrove foram atacadas", afirmou Reznichenko.
Em Marhanets, dez pessoas
morreram e 11 ficaram feridas. Dez moradores foram hospitalizados, sendo que
sete estão em estado grave.
Mais de 20 blocos de
apartamentos, um centro de serviços administrativos, o Palácio da Cultura, duas
escolas, o edifício da Câmara Municipal e outras instalações administrativas
foram danificados.
Uma linha de transmissão
elétrica foi afetada, deixando milhares de moradores de Marhanets sem energia.
Equipes de emergência e eletricistas trabalham para reparar os danos.
"Uma mulher foi morta
em Vyshchetarasivka, na comunidade de Myrove. Sua casa foi completamente destruída
por um projétil inimigo", disse Reznichenko.
Na área, um casal ficou
ferido, enquanto 11 casas particulares e gasodutos foram danificados. Cerca de
mil pessoas ficaram sem abastecimento de gás natural.
A vizinha região de
Zaporijia, já controlada em parte por tropas russas, sofreu nos últimos dias
fortes ataques que tentam deter uma contraofensiva ucraniana.
A Rússia lançou, em 24 de
fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5 mil civis,
segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade
de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa
causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais 5,7 milhões para fora
do país.
De acordo com a ONU, 15,7
milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi
condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento
para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.