O Brasil assumiu, a partir
deste sábado (1º), uma das vagas rotativas no Conselho
de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O país reassume uma
cadeira no colegiado de nações após sua última passagem pelo conselho,
em 2011.
Além do Brasil, Albânia,
Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos foram eleitos para participar do órgão da
ONU. Os países ocupam cinco das dez vagas rotativas que têm direito a voto nas
decisões tomadas pelo conjunto de nações.
O Conselho de Segurança da
ONU tem, entre seus principais objetivos, a manutenção
da paz e segurança internacional, podendo agir como intermediador, impor
sanções e até mesmo autorizar forças de segurança a agir em situações de
conflito internacional.
Durante o biênio de
2022-2023, o Brasil fará sua 11ª passagem pelo órgão decisor das Nações Unidas.
Dos 15 integrantes do conselho, apenas cinco países têm assento permanente e
poder de veto: Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China. Mas o
Brasil, além de outras nações, tenta fazer parte do grupo permanente há anos. O
embaixador Ronaldo Costa Filho, aprovado pelo Senado em 2019 para ser o
representante permanente do país junto à ONU, é quem vai participar das
reuniões do conselho.
Em junho de 2021, quando foi
eleita para a vaga rotativa, a candidatura brasileira não teve oposição dos
países da América Latina e do Caribe, bloco do qual faz parte, e obteve
181 votos favoráveis na Assembleia-Geral da ONU, na qual estão
representados os 193 Estados-membros da entidade. O país substitui São Vicente
e Granadinas, que encerrou o mandato de dois anos em 31 de dezembro de
2021. O
México, que entrou em janeiro do ano passado, continuará a ser o outro
representante latino-americano ao longo de 2022.
“No biênio 2022-2023, o
Brasil terá como prioridades a prevenção e a solução pacífica de conflitos, a
eficiência das missões de paz e das respostas humanitárias às crises
internacionais, a consolidação da paz mediante ações voltadas para o
desenvolvimento, o respeito aos direitos humanos e a maior participação das
mulheres nas ações de promoção da paz e da segurança internacionais. O país
buscará também aprimorar a articulação do conselho com outros órgãos da ONU e
com organismos regionais envolvidos na resolução de conflitos”, afirmou o
Itamaraty em nota divulgada neste sábado.