Objetivo
é eliminar essa e outras doenças até 2030
O governo federal instala
nesta terça-feira (6) o Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose
e Outras Doenças Determinadas Socialmente. O grupo, de acordo com o Ministério
da Saúde, tem como objetivo eliminar, até 2030, enfermidades como a própria
tuberculose, a doença de Chagas e a malária, que acometem sobretudo populações
mais vulneráveis socialmente.
A cerimônia será às 17h na
sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília. A pasta da
Saúde vai coordenar as ações do colegiado, previsto para funcionar até janeiro
de 2030. O decreto que dispõe sobre a nova estrutura foi publicado em abril no
Diário Oficial da União.
Os outros oito ministérios
que farão frente à pauta são Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento e Assistência
Social, Família e Combate à Fome; Direitos Humanos e da Cidadania; Educação;
Igualdade Racial; Integração e Desenvolvimento Regional; Justiça e Segurança
Pública; e Povos Indígenas.
ONU
Em maio, a secretária de
Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, participou de audiência pública
sobre tuberculose na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York,
nos Estados Unidos. O evento faz parte da preparação para a próxima reunião de
Alto Nível da ONU sobre tuberculose, prevista para setembro deste ano.
O Brasil é signatário de um
conjunto de recomendações estabelecidas pela Declaração Política da 1ª Reunião
de Alto Nível da ONU sobre tuberculose, das metas da Estratégia Global pelo Fim
da Tuberculose e da agenda dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O
documento prevê a redução de 90% das taxas de mortalidade e de 80% das taxas de
incidência da tuberculose até 2030, de modo a eliminar a doença até 2050.
A
doença
A tuberculose é uma doença
infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa
acometer outros órgãos e sistemas. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou
bacilo de Koch.
A forma pulmonar, além de
ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública,
principalmente a forma positiva à baciloscopia, principal responsável pela
manutenção da cadeia de transmissão da doença.
Já a forma extrapulmonar,
que acomete outros órgãos, ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com
HIV, sobretudo as que estão com comprometimento imunológico.