Trazemos
aqui um breve relato sobre os episódios de racismo sofridos por uma criança de
10 anos em uma escola municipal de Tietê.
O intuito do
Coletivo Anhuma é informar sobre o ocorrido e cobrar um posicionamento da
Prefeitura Municipal e da Secretaria de Educação, a fim de fomentar a discussão
e construção de uma educação e de uma sociedade ativamente antirracistas.
Uma criança
de apenas 10 anos sofreu sucessivos castigos e exclusões injustificáveis por
parte de um professor numa escola municipal de Tietê.
Dentre
outras coisas, ele ouviu que é um “Zé Ruela” e que “nunca seria ninguém” e foi
ameaçado de ser retirado do projeto social que frequenta, sem qualquer
justificativa.
A denúncia
partiu das próprias crianças, colegas de classe, que relataram os ocorridos aos
responsáveis e à escola.
As crianças
relataram também os seguintes ocorridos:
- Exclusão do
aluno em brincadeiras e atividades da sala.
- Votação na
sala de aula com palavras depreciativas direcionadas a ele, sendo os demais
alunos coagidos a participarem.
- O aluno era
obrigado a copiar a letra do hino nacional. Vale ressaltar que o aluno é filho
de imigrante, sendo dessa forma também vítima de xenofobia.
Após os
fatos a criança passa por sofrimento psíquico e tem MEDO de ir pra escola, se
recusando a frequentar o ambiente escolar na presença do seu agressor, que
continuava as suas atividades normalmente.
Esse não é o primeiro caso ocorrido
neste ano numa escola municipal, outros foram denunciados.
Nenhuma criança deve ter medo de ir á
escola
O Coletivo
Anhuma, o Movimento Negro da cidade, o Conselho do Negro de Tietê, além do
movimento popular composto por mães e familias se uniu para cobrar um
posicionamento efetivo da Prefeitura e da Secretaria Municipal da Educação
sobre os recorrentes casos, em especial o cometido pelo professor.
Na próxima
sexta-feira, dia 04 de novembro, a partir das 15:30h, iremos nos reunir no 13
Cultural (rua São Benedito, 367) e em seguida marcharemos até a prefeitura
municipal de Tietê para demonstrar nossa indignação contra os casos de racismo
que vêm ocorrendo nas escolas municipais de nossa cidade.
A 1ª Marcha Contra o
Racismo tem como objetivo dialogar com o poder público e apresentar propostas
concretas para combater esses casos de discriminação e preconceito, tanto nas
escolas quanto no município. A marcha será pacífica e simbólica, com confecção de
cartazes e palavras de ordem
Venham vestidos de preto, tragam seus amigos, familiares e filhos. Vamos juntos construir uma cidade mais justa e igualitária para todas e todos!