O Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 foi lançado hoje (16), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. O plano prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, que receberão duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. Serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.
A prioridade será para
trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de
difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença
renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e
funcionários do sistema prisional.
Segundo o plano, o governo
federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio
de acordos. Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa prévia obrigatória
para que a vacinação possa ser realizada.
Vacinas – coronavac está incluída
O ministro da saúde, Eduardo Pazuello
afirmou que todas as vacinas produzidas no Brasil, sejam as produzidas pelo
Insituto Butantan, pela Fiocruz, ou "por qualquer indústria, terão
prioridade no Sistema Único de Saúde (SUS). "Isso está pacificado",
disse o ministro.
Inicialmente, o plano leva em
conta apenas a vacina desenvolvida em parceria da Universidade de Oxford com o
laboratório AstraZeneca. O Brasil tem acordo para receber 100 milhões de doses
dessa vacina até julho. No segundo semestre, a previsão é de que a Fiocruz,
parceira de Oxford e da AstraZeneca, produza 160 milhões de doses.
Mas o governo já informou que
pretende comprar todas as vacinas avalizadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além da Fiocruz, o Instituo
Butantan, ligado ao governo de São Paulo, também vai produzir uma vacina contra
a Covid-19. No caso do Butantan, é a vacina Coronavac, produzida pelo
laboratório Sinovac.
O secretário de vigilância do
Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o governo vai começar nesta
quarta uma campanha de comunicação dividida em duas etapas. A primeira é
voltada a “transmitir segurança à população" em relação à eficácia das
vacinas que o Brasil vier a utilizar. A segunda etapa será o momento de chamar
as pessoas para receber as doses.