O Natal está se aproximando e, com ele, as festas, mas muita coisa precisou acontecer para, hoje, celebrarmos o nascimento de Cristo como o vemos. Como há muita história para ser contada, o GNTC selecionou cinco curiosidades históricas sobre o Natal que talvez você não conheça. 

1. A data de nascimento de Jesus não é mencionada nos evangelhos, então de onde surgiu o dia 25? A ideia nasceu no século IV, quando o Papa Júlio I estabeleceu o dia 25 como sendo o Natal, tentando cristianizar as celebrações pagãs que eram realizadas nesta mesma época do ano.

Em 529, o dia já era considerado um feriado e em 567, os 12 dias entre o Natal e o Dia de Reis, assim entendido como aquele em que os Reis Magos chegaram à Jesus, eram tidos como feriados públicos.

Aliás, o Natal tem raízes no feriado judaico Hanuká, nos festivais dos gregos antigos, nas crenças dos druidas, os sacerdotes celtas, e nos costumes folclóricos europeus, não sendo apenas uma festa cristã.

2. As festividades natalinas foram suprimidas na Europa e América, por força do movimento puritano, que se iniciou com o reinado da Rainha britânica Elizabeth I (1558-1603) e era baseado em um código de conduta moral severo. Acontece que em meados do século XVII e início do século XVIII as festas eram bastante efusivas e as celebrações não aconteciam apenas em família, pelo contrário, as pessoas comemoravam nas ruas com bebida.

Com o puritanismo, passou a haver muita oração e o Novo Testamento começou a ser interpretado de forma ainda mais rígida e para os puritanos, o Natal era mais relacionado à festivais pagãos romanos e se opunham ao aspecto festivo da sua celebração, rica em comida e bebida, uma herança da Saturnália.

3. Na Inglaterra, o Natal chegou a ser vetado, mas com a chegada da Era Vitoriana (1837-1901) ele voltou com força. Foi a obra “Um Conto de Natal”, de Charles Dickens, publicada em 1843, que inspirou ideias natalinas como conhecemos atualmente, capturando a imaginação das classes médias britânica e americana, que podiam gastar com festas familiares, tornando as comemorações um momento especial para a família, dando início às festividades como as conhecemos.

Aliás, a árvore de Natal, que era uma tradição germânica, foi levada à Inglaterra e popularizada pela família real, quando o Príncipe Albert, marido da Rainha Vitória, ganhou uma árvore da Rainha da Noruega, em 1843, e a exibiu na praça Trafalgar, um dos pontos mais importantes de Londres.

E aí? Curtiu?

O GNTC deseja a todos um Feliz Natal!