A humanidade atravessa um momento em que todos estão esgotados de alguma forma. Seja mental, física ou emocionalmente, temos sentido um misto de tristeza e de falta de energia. Será apenas cansaço ou um alerta de depressão? Como diferenciar a depressão de um quadro de esgotamento, também chamado de Síndrome de Burnout? 

Irritabilidade, alterações de humor, desânimo, pensamentos pessimistas, alterações de sono e de peso corporal, compulsões, isolamento social, doenças autoimunes e falta de libido... estes são sintomas que podemos encontrar tanto na depressão quanto no Burnout.

O Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas - 5,8% da população - atrás dos Estados Unidos, com 5,9%, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).  

A cerca do Burnout, os dados mostram que 32% dos brasileiros sofrem com a síndrome ficando atrás do Japão, onde 70% da população sofre de esgotamento profissional.

Se tais dados já causam espanto, devemos nos preparar, pois tais números devem aumentar nos próximos tempos como efeito rebote da pandemia do Covid-19. 

A boa notícia é que em 2022, por determinação da OMS, o Burnout passará a fazer parte da nova Classificação Internacional de Doenças, trazendo benefícios para o empregado que poderá subsidiar a queixa de Burnout.

Se por um lado as incertezas, o luto e o medo do momento têm causado o aumento dos casos de depressão, por outro lado, os casos de Burnout são potencializados pela maior demanda e reformulações que as pessoas tiveram que passar no campo profissional durante a pandemia. 

Trabalhando em casa, a vida profissional e pessoal se fundiram e muitos se viram em dupla jornada; outros perderam o trabalho e precisaram se reinventar. Resultado: estress. 

A depressão é um quadro em que se sobressai a apatia pela vida. Já no Burnout, a característica principal é o excesso de atividade, autocobrança e estress. O esgotamento do Burnout pode acontecer quando se tem muitas demandas e poucos recursos de trabalho. 

Na depressão, o paciente não se anima a nada. No Burnout, a pessoa até deseja passear, viajar ou descansar, contudo, somente se permite isso se tiver garantias de que seu cargo e salário estarão resguardados quando ela voltar do descanso. 

O Psiquiatra é o profissional mais adequado para fazer o diagnóstico dos quadros de depressão e de Burnout e indicar o tratamento. Contudo, as informações aqui contidas podem lhe ajudar a buscar auxilio caso note alguns destes sintomas. 

É importante um olhar integrativo, onde o tratamento medicamentoso seja acompanhado de psicoterapia, terapias integrativas e no caso do Burnout, em específico, descanso.

Como terapeuta integrativa, falando mais especificamente sobre o Burnout, vejo a importância da Terapia com os Florais de Bach por meio de essências que ajudarão o paciente a ter mais equilíbrio entre as obrigações e o prazer, assim como a recuperar a energia e melhorar o sono. A terapia Reiki também pode trazer benefícios como relaxamento e reequilíbrios físico, mental e emocional. Ambas são terapias reconhecidas pelo Ministério da Saúde devido aos seus efeitos comprovados. Tais abordagens também podem ser auxiliares nos casos de depressão e apatia pela vida.   

Independente de ser um tratamento contra depressão ou Burnout, o paciente precisa ter em mente que a vida é agora e que nenhum trabalho ou tristeza devem ter mais valor que o seu bem-estar.