Existem inúmeras hipóteses sobre o dia da mentira, porém a mais conhecida se originou no século XVI, na França, após a mudança do calendário até então utilizado na Europa. Nesse período, o calendário vigente era o juliano que iniciava o ano de acordo com o equinócio da primavera, o que ocorria entre 20 e 21 de março. Porém, essa data era arrastada até o primeiro de abril, quando oficializavam o início do ano.
Em 1582, o papa Gregório XIII reuniu especialistas com a finalidade de reformular o calendário juliano, o que demorou cinco anos para ser feito. Após esse período foi anunciado o calendário gregoriano que lentamente foi sendo aceito. Apesar do rei Carlos IX já ter simulado tais mudanças, ocorreu de fato somente após a Revolução Francesa, em 1789.
Como a troca de tais calendários foi feita em um processo lento, as pessoas que demoraram a aderir ao calendário gregoriano foram alvos de brincadeiras e chacotas, pois recebiam presentes estranhos, convites para casamentos falsos, velórios inexistentes e outros tipos de gozações.
Há quem defenda que o dia da mentira é uma antiga festa romana que pregava trotes nas pessoas na época do equinócio da primavera, o que ocorria antes da modificação dos calendários europeus.
O dia da mentira também recebeu o nome de dia dos bobos, pois as pessoas que eram alvos dos trotes eram chamadas de bobos, pois desconhecendo a real intenção dos convites que recebiam se arrumavam e iam até o destino informado e ao se deparar com nada, voltavam para casa certos de que eram vítimas do dia dos bobos.