Os
militares brasileiros são estranhos, mas digo sem generalizar (rs). Eles gostam
de se imiscuir nas coisas de governo que não são do escopo deles. E não é de
hoje: proclamaram a República e, em seguida, presidiram o país. Depois, deram
um golpe de Estado e ficaram mais de 20 anos no poder. Recentemente, se
embrenharam no governo Bolsonaro ocupando ministérios e muitos outros cargos.
E
por que será que agem assim? Por que não se contentam com as atividades normais
da sua função? Ora, não foi por gostar das atividades militares que ingressaram
nas Forças Armadas?
Será
que as atividades militares são tão chatas, tão sem graça que eles querem sair
da mesmice e por isso ficam metendo o bedelho em outras áreas? Ou será que no
fundo eles não têm mesmo muito o que fazer, já que não temos conflitos armados
há muito tempo? - um fato que me faz pensar na falta do que fazer foi quando
soube que havia mais de 6 mil militares no poder executivo do governo
Bolsonaro. Ora, pensei: “e quem está
fazendo as tarefas dessas 6 mil pessoas lá nas Forças Armadas? (quem está na
lojinha?) Será que os militares estão sacrificando os próprios afazeres ou
haveria muita ociosidade por lá?”
Seja
como for, o fato é que, ao que tudo indica, no período das últimas eleições
presidenciais eles já estavam de sentinela para tomar o poder novamente, em
mais um golpe contra a nossa valiosa democracia.
Talvez
as nossas forças militares precisem se reciclar, se modernizar, se reinventar
até para que seus membros possam se alegrar com o que fazem. Quem sabe uma
participação mais ativa na defesa do meio ambiente, na proteção das nossas
matas, no auxílio ao nosso povo mais desamparado possa dar aos nossos
conterrâneos uma nova motivação, um sentimento de pertencimento e de
participação nos destinos da nação.
Quem
sabe se abrirem os quartéis para visitação, eventos e festividades
comemorativas, com a presença dos cidadãos da comunidade do entorno possa
ajudar na conscientização de que somos uma só gente, um só povo.
Enfim,
quem sabe possamos tomar medidas de estabeleçam uma aproximação entre todos, de
modo que os militares tomem definitivamente consciência do absurdo que é o de
se imporem aos demais cidadãos pela força das armas, das mesmas que lhes foram
confiadas pelo povo contra o qual ameaçam se insurgir.