Segundo o professor da Universidade de São Paulo Moacir Gadotti, “o conhecimento tem presença garantida em qualquer projeção que se faça do futuro. Por isso, há um consenso de que o desenvolvimento de um país está condicionado à qualidade da sua educação”. Nesse contexto, as perspectivas são otimistas. A sociedade brasileira está repleta de jovens inteligentes, cheios de energia, com uma curiosidade cada vez mais aguçada em todos os campos de conhecimento e um grande espírito empreendedor. Aliado a isso, há cidadãos capazes de discutir as dificuldades do país na área social, econômica, política e especialmente em relação à educação.

Na verdade, existe uma carência urgente de um sistema atualizado. Principalmente, porque em nível de país e no âmbito internacional tornou-se necessário o domínio pleno da língua falada e escrita, com o raciocínio formal e abstrato. Além de absorver toda informação possível disponibilizada pelos recursos tecnológicos contemporâneos.

Diante disso, somente construir prédios escolares com uma infraestrutura jamais desfrutada pelos antepassados, não assegura uma boa formação. O ponto primordial é o relacionamento com o ser humano que usufruirá de todos os recursos na Educação Básica, Média e Universitária. Assim, o mais importante seria “educar para a cidadania”.

A cada dia existe um sentimento de querer mudanças sociais. Os brasileiros estão conscientes de que trabalhar questões como respeito, diálogo, solidariedade e justiça nunca foi uma tarefa fácil em todas as épocas da história universal. No contexto educacional sempre foi possível transmitir esses valores.

Há necessidade deles, porque os veículos de comunicação apresentam os problemas de relacionamentos gerados pelo preconceito e falta de respeito aos direitos humanos. Além do mais, a violência e conflitos criados por jovens têm aumentado assustadoramente. Isso demonstra o reflexo da falta de educação tanto social como no seio familiar.

O filósofo e educador Mário Sérgio Cortella ressalta em sua análise da questão que (...) “a principal responsabilidade educacional vem dos pais, porém muitos não possuem esta questão educacional”. Segundo ele, muitos dizem aos filhos: “Vou te castigar, se você não estudar vou te colocar na escola pública”.

De forma alguma deve acontecer esse tipo de pensamento. O necessário seria acreditar plenamente em uma transformação no âmbito educacional do Brasil. Os educadores não devem estar preocupados em manter apenas sua estabilidade em uma instituição pública ou privada, mas em formar um alunado que pensa, critica e trabalha por oportunidades iguais para todos. Os professores precisam de um cuidado especial na sua formação pedagógica e financeira. Enfim, educar os jovens possibilita a sociedade desempenhar de maneira eficaz o seu papel educacional em direção a novas perspectivas.