Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Tecnologia à Alta Pressão e Produtos Naturais (LTAPPN) da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um equipamento extrai óleos vegetais usando solvente verde e seguro para a saúde. Atualmente, o solvente usado é de petróleo e pode ser tóxico. 

“O hexano comercial, usado tradicionalmente na indústria para extração de óleo de sementes oleaginosas, como a soja e o girassol, é uma mistura de hidrocarbonetos, com 65% de hexano normal e 35% de isômeros de ciclopentano e hexano. Durante o processo, ele dissolve o óleo vegetal, que é transportado pelo solvente por todo o equipamento, um processo que dura de 30 minutos até 2 horas. Óleo e solvente ficam em contato e, em cada estágio, a concentração de óleo na mistura aumenta”, diz o Jornal da USP. 

 “Chega de produzir óleo de soja com hexano, que é tóxico”, enfatiza a pesquisadora Alessandra Lopes de Oliveira. “Nosso papel, como engenheiros de Alimentos, é desenvolver tecnologias limpas e eficientes, necessárias à produção de alimentos seguros para a saúde humana”, completa ela. 

O novo dispositivo opera extraindo o óleo vegetal através da pressurização do solvente e de alta temperatura, diferentemente do processo com o hexano, que acontece na temperatura ambiente. “Os resíduos de pesticidas, normalmente, estão em baixas concentrações, por isso que a Dionex [empresa estadunidense] lançou o ASE em escala analítica (ou de laboratório), uma técnica bastante eficiente para extrair o máximo destes compostos”, explica Alessandra.