O Conselho Nacional de Política Fazendária – Confaz, o colegiado composto por secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, aprovou nesta sexta-feira, 29, o congelamento do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS cobrado a partir das vendas de combustíveis, pelo prazo de 90 dias, segundo informado pelo Ministério da Economia.

A intenção é que os aumentos dos preços sejam controlados, mantendo-se o congelamento até o dia 31 de janeiro de 2022. Para o presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal – Comsefaz, Rafael Fonteles, o congelamento revela a disposição dos Estados para contribuir com o controle de preços, que subiram mais de 50% apenas neste ano, ainda que não modificadas as alíquotas de ICMS.

A medida acontece em meio à pressão de associações de caminhoneiros, que pretendem dar início a uma greve na próxima segunda-feira, 1º, em função da alta dos combustíveis. Os representantes da categoria reafirmaram a intenção ontem, 28, durante uma videoconferência na Câmara dos Deputados.

“Apresentamos a agenda, questionamos a política de preços dos combustíveis da Petrobras, pedimos apoio aos Deputados nas pautas e reforçamos a greve para o dia 1º. O recado foi dado”, afirmou o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas – CNTRC, Plínio Dias.