Em cumprimento às palavras de Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, o país realizou seu primeiro ataque militar com drones contra o Estado Islâmico, na província de Nangahar, na noite de ontem, 27, madrugada de sábado no horário local do Afeganistão. Na quinta-feira, 26, Biden afirmou, se referindo ao EL, após o ataque terrorista feiro no Aeroporto Internacional de Cabul, que “vamos caçá-los até o fim e fazê-los pagar”.

De acordo com o porta-voz do Comando Central, Capitão Bill Urban, “as indicações são de que matamos o alvo. Não temos conhecimento de vítimas civis”, classificando a ação como sendo de contraterrorismo. Ao que se sabe, o alvo estaria participando da organização de futuros ataques, embora não se saiba, por informações oficiais, se a pessoa esteve envolvida no ataque anterior, que deixou mais de 200 feridos e cerca de 170 vítimas, dentre elas 13 militares americanos.

Em meio aos esforços para evacuação de pessoa do Afeganistão, o que vem se dando por meio do aeroporto, há receio de novos ataques terroristas. As autoridades americanas recomendaram a saída do local dos civis, mas dizem não estar relacionada com o ataque que realizaram e sim devido a ameaças de segurança. Ainda assim, pessoas tentam acessar o terminal de passageiros, que acumula 5.400 aproximadamente à espera de um voo humanitário.

Na noite da quinta-feira, 26, uma rede de ativistas afirmou terem sido identificadas ao menos seis explosões em Cabul, ouvidas nos bairros da cidade, mas as informações não puderam ser aferidas. Ainda, em razão do receio de novos ataques, países que participavam das operações de evacuação comunicaram o encerramento das atividades, dentre eles o Reino Unido, Canadá, Alemanha e França.

O risco de permanência no local foi confirmado pelo porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. “A ameaça está em curso. Nossas tropas ainda estão em perigo”, afirmou. O Governo americano firmou uma aliança com o Taleban, grupo que tomou o poder do Afeganistão, para que colaborem com a segurança na retirada dos cidadãos do país, embora o acordo seja visto por muitos como improvável.

Outra ameaça que vem preocupando é o acontecimento de ataques terroristas nos EUA, visto que membros tanto do Estado Islâmico quanto da Al Qaeda podem aproveitar a operação de evacuação para se infiltrar entre os passageiros e, assim, deixar o país e adentrar território americano. Um grupo de indivíduos já vem sendo investigado.