Hoje a sociedade é dependente de mídias digitais para realizar parte das tarefas cotidianas, poucas pessoas ainda se dirigem a uma agência bancária para resolver assuntos burocráticos ou sacar dinheiro, essas tarefas na maioria das vezes são realizadas de maneira digital através de um smartphone.

O laser por vezes se dá em ficar por horas navegando em redes sociais, assim como as relações interpessoais.

Sim, essa tecnologia é maravilhosa e faço uso diário dela, mas como educadora gostaria de compartilhar alguns efeitos nocivos do uso demasiado de telas por crianças.

É recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que crianças menores que 2 anos não tenham contato com telas, nem mesmo televisão, após esse período a TV pode ser liberada por uma hora ao dia e apenas aos 8 anos deveriam usar celular.

Pesquisas apontam que a superexposição a eletrônicos, no caso de crianças muito pequenas, pode causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções.

Chamada de distração passiva, as crianças acabam consumindo joguinhos e vídeos nas telas, algo prejudicial e frontalmente diferente de brincar ativamente, um direito universal e temporal de todas as crianças em fase do desenvolvimento cerebral e mental.

Nossas crianças são nativos digitais e o uso de telas faz parte da realidade global na atualidade, para que esse uso possa ser saudável pode-se seguir algumas dicas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), tais como:

· Crianças com menos de 2 anos: não devem ser expostas às telas;

· Crianças entre 2 e 5 anos: devem limitar-se a 1 hora diária de exposição às telas, sempre com a supervisão de adultos;

· Crianças entre 6 e 10 anos: limitar o tempo ao máximo de 1 ou 2 horas por dia, sempre com supervisão;

· Adolescentes entre 11 e 18 anos: limitar o tempo de telas e videogames a no máximo 2 ou 3 horas diárias. Não permitir que adolescentes “virem a noite” jogando;

· Para todas as idades: nunca permitir o uso durante as refeições e sempre desligar as telas 1 ou 2 horas antes de dormir;

· Oferecer atividades ao ar livre que privilegiem exercícios físicos e contato com a natureza;

· Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além de senhas e filtros de acordo com a idade;

· Incluir na rotina momentos de desconexão e interação familiar que sejam respeitados por todos os membros da família;

· Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos com televisão, computador, tablet, celular, smartphones ou com uso de webcam; estimular o uso nos locais comuns da casa;

· Encontros com estranhos devem ser sempre evitados, sejam online ou off-line. Pais e cuidadores devem saber com quem as crianças e jovens estão jogando ou interagindo;

· Conteúdos com teor de violência, pornografia, abusos, exploração sexual, nudez devem ser denunciados.

Ter o uso de telas de maneira equilibrada não é uma tarefa fácil para pais e educadores, porém é importante para que possamos garantir a saúde e segurança de nossas crianças.