Ver famílias vivendo nas ruas vem se tornando uma realidade ainda mais comum do que já era com a pandemia, o que reflete diretamente no trabalho de centros de acolhimento. Em um ano, os centros da Prefeitura de São Paulo identificou um aumento de 70% no número de famílias atendidas, o que é acelerado, ainda, pelo crescente desemprego e despejos de locação. 

No mês de maio do ano passado, a média era de 204 pessoas atendidas diariamente pelos Centros de Acolhimento Especial - CAEs. Em maio deste ano, o número saltou para 348, entre adultos e crianças, conforme dados divulgados pela Secretaria Municipal de Assistência Social. 

Ao todo, a cidade tem 864 vagas especiais para famílias, em oito unidades distribuídas. A demanda aumenta durante o inverno, sendo de se mencionar que a capital registrou 2,3ºC nesta última terça, 20, um recorde em 17 anos. As unidades destinadas unicamente a mães e bebês registraram alta de 58%, ante a alta geral de acolhimentos de 11%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE, o número de trabalhadores desocupados, atualmente, é de 14,7 milhões, enquanto 6 milhões de pessoas desistiram de procurar vagas. As ações de despejo aumentaram em 79% apenas no 1º trimestre deste ano, de acordo com relatório do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Caso uma pessoa em situação de rua seja identificada e se queira a ajudar, é possível que se contate a Coordenadoria de Pronto Atendimento Social - CPAS pelo telefone 156, sendo gratuita a ligação, além de se poder optar pelo anonimato.