Nomes científicos: Salvator
merianae ou Tupinambis merianae. Nome populares: teiú, tiú, teiuaçu, tejuguaçu,
teju, tejo, teiú-açu, tiju, tejuaçu, teiú-brasileiro.
Estado de conservação: “pouco
preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta na Lista Nacional Oficial
de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
O Teiú, vem sofrendo com a
extinção de sua especie na região nordeste, devido a própria extinção do Bioma
Caatinga, Historicamente, esta região vem sofrendo com a ausência de práticas
de manejo do solo e com a monocultura e pecuária extensiva, além de inúmeras
queimadas. Atualmente, as principais causas de desmatamento estão associadas à
extração de mata nativa para a produção de lenha e carvão vegetal destinado às
fábricas gesseiras e para a produção siderúrgica. Apenas 7,8% do território da
Caatinga está protegido por Unidades de Conservação, sendo que somente 1,3% da
área é coberta por unidades de proteção integral. Isto é sintomático da
dificuldade do Estado brasileiro de cumprir a Convenção Internacional de
Diversidade Biológica, da qual o país é signatário, e que tem como meta
nacional a manutenção de, no mínimo, 10% de áreas conservadas.
Nas épocas mais quentes do ano
não é difícil topar com um teiú por aí. Ele é um dos lagartos mais conhecidos
do Brasil, encontrado do sul do Amazonas até o norte da Argentina. E é também
um dos maiores lagartos que vivem por aqui. Um indivíduo adulto tem em média
1m40 de comprimento e cerca de 4 kg, mas não é incomum encontrar exemplares
ainda maiores. Além disso, o teiú tolera bem a presença humana e habita até
parques urbanos de grande porte.
Mas no frio o grandalhão
desaparece. Ele entra num período de hibernação. E o estudo da variação térmica
do teiú nos períodos de dormência e de atividade desenvolvido por biólogos
brasileiros e canadenses no Instituto de Biociências da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), em Rio Claro, com apoio da FAPESP, publicado no Science Advances,
concluiu que ele é o único lagarto de sangue quente conhecido pela ciência. Ele
usa o metabolismo para regular a temperatura interna durante a época da
reprodução. No resto do ano, o comportamento é o de um animal ectotérmico, ou
seja, de "sangue frio", cuja temperatura corporal varia conforme a
temperatura do ambiente. Segundo um dos pesquisadores, o teiú está a meio
caminho entre a ectotermia e a endotermia.
Os machos costumam sair da
hibernação antes das fêmeas e no verão começa a atividade reprodutiva da
espécie. A fêmea põe cerca de 30 ovos por postura e o período de incubação é de
90 dias. Os filhotes nascem esverdeados e vão escurecendo conforme crescem.
O teiú é um animal onívoro que
inclui em sua dieta pequenos mamíferos, aves e seus ovos, répteis, anfíbios,
insetos, vários artrópodes, carniça, vermes e crustáceos. Com
comportamento bastante defensivo, tem como primeira reação a uma ameaça a fuga,
mas se for preciso ele desfere fortes golpes com a cauda e tem uma poderosa
mordida.
Mas há os teiús que vivem em
cativeiro e esses são bastante dóceis. Ele é um dos répteis mais explorados
comercialmente no mundo e no Brasil é criados em cativeiro e comercializado com
aval do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis). E isso faz com que a espécie seja bastante caçada.
Para que este belo animal não
desapareça para sempre, evite a destruição do solo. Se não houver preservação
da caatinga, poderemos ter a extinção de diversas espécies animais e vegetais
típicas deste bioma. Outro problema ambiental, que já está ocorrendo em função
do desmatamento, é o aumento da desertificação na caatinga.