Pensei muito para escrever esse artigo, porque muitas vezes, a vida nos prega peças, e somos conduzidos a caminhos que não almejamos. Muitas vezes acabamos em atividades profissionais que não nos entusiasmam, onde somos tentados a enxergar mais como uma obrigação do que um prazer; assim, fica quase impossível gostar do trabalho, e isso faz com que nossa rotina se torne, muitas vezes, insuportável.

Conhecemos pessoas que já começam o dia de mal humor, pois sabem que precisam se levantar para trabalhar. Essa insatisfação pode advir da sua área de atuação que não foi “escolhida” e sim imposta pela vida ou pelas circunstâncias; e são poucas as que decidem mudar de rota, muitas vezes por uma crença em que está “tarde demais” para isso.

Quando escolhemos a nossa profissão — por volta dos 18 anos —, raramente temos maturidade suficiente para decidir o que queremos fazer pela vida afora. Dessa forma, é comum que muitos escolham um curso superior, um trabalho, atividade ou cargo que não tem muita ligação com o seu verdadeiro perfil profissional. Em outros casos, existem pessoas que já se inserem de imediato no mercado de trabalho, sem sequer cursar umCurso Técnico ou uma faculdade, seja por falta de tempo ou pela necessidade imediata de começar a trabalhar.

Nas duas situações, a conformação com a situação é muito comum, ainda que haja uma insatisfação em relação à profissão, porém, para gostar do trabalho, é preciso sair dessa zona de conforto e correr atrás daquilo que realmente gere felicidade! Ao contrário do que muitos pensam, nunca é tarde para começar um novo curso técnico/superior e mudar a sua área de atuação. Hoje em dia, com a popularização da educação a distância (EAD), a Internet e a flexibilidade de horários, ficou muito mais fácil voltar a estudar e conciliar a rotina de trabalho com a dos estudos. Assim, se você se sente infeliz com a sua formação atual ou com a sua posição no mercado de trabalho, não hesite em mudar esse cenário e buscar atuar naquilo que realmente te satisfaz.

A busca da felicidade pode estar equivocada, pois ela deve estar inserida em nós, e não em algo exterior como um fim; a ideia de trabalhar para ser feliz pode ser o lema de muitos profissionais, mas a felicidade não deveria ser vista como algo finalístico, e sim como um meio. Desvincular uma coisa da outra contribui para as pessoas se sentirem insatisfeitas com seus trabalhos.Devemos enxergar nossa atividade profissional como algo prazeroso: não devemos pensar que a felicidade está “longe” do nosso trabalho, pois, se você atua em uma área que lhe agrada, ela está ali mesmo. O trabalho pode ser prazeroso, não precisa ser algo enfadonho ou aborrecedor!

Se você sentir que a carga de trabalho está exaustiva, deve tentar delegar ou dividir as tarefas, de modo que o peso da atividade não fique inteiramente sobre os seus ombros: se for necessário, converse com o seu chefe/sócio sobre a possibilidade de mudar de setor, ou também tentar inovar no trabalho para que ele se torne mais atrativo. A ideia de mudança é interessante aqui, no entanto, mais do que isso, você precisa modificar o seu próprio perfil.

Buscar uma especialização na sua área de atuação pode ser uma excelente forma de inovar e até mesmo acrescentar algo novo ao seu trabalho e à sua carreira. Lembre-se de que a proatividade e apresentação de novas ideias são sempre muito bem-vindas no mundo do trabalho! Investir no próprio currículo também é uma forma de se destacar, pois, muitas vezes, as promoções são destinadas aos mais preparados, com maiores títulos, como pós-graduação e especialização.

Ser feliz na profissão e gostar do trabalho é possível, desde que você se esforce para corrigir os fatores que transformam essa ocupação em um fardo. Em todo caso, não tenha medo de investir na sua educação, seja para progredir na carreira, seja para tomar outros rumos profissionais, seja para ser mais feliz!


Aqueles que colocam amor no que fazem, quando menos esperam, se encontram fazendo aquilo que amam!
Laura Simonato