O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) atingiu em maio o maior nível desde dezembro, ao subir 1,4 ponto, para 80,9 pontos. Em dezembro de 2021, o indicador ficou em 81,8 pontos.
O IAEmp combina séries de
dados extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, para
antecipar as tendências do mercado de trabalho no país, se relacionando com o
nível de emprego.
Em médias móveis
trimestrais, o IAEmp chegou a 78,5 pontos em maio, um aumento de 2,0 pontos. De
acordo com o economista da FGV/Ibre Rodolpho Tobler esta segunda alta seguida
do indicador sugere um cenário mais favorável para o mercado de trabalho no
segundo trimestre.
“A melhora do quadro
sanitário, após o surto do início do ano, e um certo aquecimento da atividade
econômica parecem contribuir para a melhora do indicador. Ainda é preciso
cautela, dado que o indicador ainda se mantém em patamar baixo e com
perspectivas de recuperação lenta”.
Tobler avalia que a atividade
econômica segue com projeção baixa para o ano de 2022 por causa da inflação
alta e da política monetária mais restritiva.
Componentes
No mês de maio, cinco dos
sete componentes do IAEmp contribuíram para o resultado positivo. O destaque
foi a Indústria, cujos indicadores de Situação Atual dos Negócios e de
Tendência dos Negócios contribuíram com 0,9 e 0,5 ponto, respectivamente.
Sondagem de Serviços -
Emprego Previsto e Sondagem de Serviços - Tendência dos Negócios variaram 0,1
ponto. Sondagem do Consumidor - Emprego Local Futuro variou 0,3 no mês.
Tiveram contribuição
negativa os indicadores de Situação Atual dos Negócios de Serviços e o de
Emprego Previsto da Indústria, que variaram -0,2 e -0,1 ponto.