O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que irá pedir mais assistência militar na reunião do G7, que começa hoje (26), diante do que chamou de "chuva de mísseis" russos.
No vídeo diário dirigido ao
povo da Ucrânia, na noite de sábado, Zelenskiy disse que o país
"precisa mais do que qualquer outro lugar do mundo" de "sistemas
modernos" de defesa militar que fazem parte dos arsenais de vários países
ocidentais.
A Força Aérea da Ucrânia
anunciou no sábado um "ataque russo maciço com mais de 50 mísseis de
vários tipos disparados do ar, mar e terra", destacando que os mísseis
utilizados são "extremamente difíceis" de intercetar pelas defesas ucranianas.
Zelenskiy disse que as
tropas russas foram "forçadas a organizar uma chuva de mísseis" tendo
como alvo "cidades de todo o país", devido à duração do conflito, que
já se estende por cinco meses.
O líder da Ucrânia admitiu
que os ataques criam uma pressão "calculada nas emoções" da
população.
"Esta é uma fase
moralmente difícil da guerra. Sabemos que o inimigo não terá sucesso,
entendemos que ainda podemos defender o nosso estado, mas não vemos os limites
temporais", disse.
Zelenskiy garantiu,
ainda assim, que "nenhum míssil russo, nenhum ataque pode quebrar o
espírito dos ucranianos".
"Cada um dos mísseis
[russos] é um argumento" que a Ucrânia pode usar nas negociações com os
aliados, defendeu o Presidente.
O líder ucraniano
acrescentou que irá reiterar nas reuniões do G7 e da Otan que os atuais pacotes
de sanções contra a Rússia são insuficientes.