Cacildo Henrique Di Creddo, carinhosamente chamado de Katyto, é filho de Cacildo Di Creddo e Maria Augusta Estevam e nasceu em Botucatu no ano de 1965. É casado com Gisele Moraes e tem dois filhos: Murilo Henrique Di Creddo e Emanuella Moraes de Creddo.

Gente que Entende de hoje, traz um pouco da trajetória e da vida pessoal desta pessoa que vive para o treinamento e fez a diferença na vida e na saúde de um incontável número de pessoas ao longo das décadas em que exerce sua profissão.

E será através dele mesmo, que o conheceremos mais e melhor. Eis:

“Vim para Cerquilho ainda muito jovem com minhas irmãs e minha mãe, para estudarem e trabalharem, visto o falecimento do meu pai. Cresci nessa cidade, sempre morei no centro, já faz trinta anos. No começo foi difícil, éramos apenas minha mãe e minhas irmãs, precisamos começar a trabalhar cedo.”

“Meu primeiro emprego com registro em carteira se deu quando eu tinha apenas 11 anos de idade e ver as pessoas mais velhas ao meu redor trabalhando, estudando e alcançando muitos dos seus objetivos sempre me encorajou a estudar e trabalhar para alcançar meus sonhos, que na época era ter uma casa própria, por exemplo. Acredito que uma grande sacada na minha vida foi ter observado essas pessoas mais velhas que vi crescerem profissionalmente.”


“Eu sempre gostei de esportes, quando jovem tinha só futebol, era o que eu jogava, sempre fui atraído por esportes em geral. O meu primeiro livro, com 12 ou 13 anos, era de artes marciais e sempre gostei de filmes com treinamento, em academias por exemplo, coisa que pouco existia por aqui. Decidi, então, estudar educação física e aos meus 24 anos entrei para a FKB-Itapetininga.”

“A faculdade começou sem que eu tivesse um pé no chão do que era, pois na época a educação física estava começando a abrir um leque imenso de opções e oportunidades, ao passo em que hoje o profissional da educação física já pode trabalhar com fortalecimento, exercícios terapêuticos, esportes de alto nível, natação... existe um vasto caminho a se seguir.”


“Uma vez fiz um curso em Poços de Caldas-MG em 1994 e um médico falou para se ‘observar os exercícios terapêuticos, porque daqui vinte ou trinta anos, as pessoas vão estar trabalhando até mais tarde na vida’. De lá para cá vim me especializando em exercícios para envelhecimento, tratamento de doenças, como diabetes, hipertensão, cardiopatas, sempre buscando ter mais conhecimentos e explorar melhor as técnicas em cima disso, porque é uma área muito difícil de trabalhar, especialmente quando se pensa em idosos, em pessoas em reabilitação cardíaca e assim por diante.”

“Quando comecei com educação física, queria trabalhar com esportes. Por isso decidir criar uma escola, que acabou sendo a escolinha do Clube Atlético Pirelli, para treinar pessoas. Este era o sonho naquele momento da minha vida. Na época ninguém trabalhava em Cerquilho e região com exercícios terapêuticos, fui o pioneiro na área, acredito, e, agora, me enxergam como autoridade no assunto e referência nas cidades ao redor, inclusive Boituva, onde tenho sido recomendado por médicos.”

“Esses dias me perguntaram o que as certificações levaram ou trouxeram. O que pude responder é que me trouxeram as amizades, pessoas que passaram a me conhecer e que tive o prazer de conhecer também. Outro exemplo, pessoas que pedem recomendação médica. Quando fiz a pós-graduação em medicina esportiva, fiz amizade com muitos médicos de hoje.”

“O grande barato de tudo são as amizades e os colegas que cultivamos e nos acompanham pela vida. O conhecimento de vivência não está escrito em nenhum livro, aprendi isso com essas pessoas, esse feeling é o que o curso me trouxe e que livro algum poderia.”

Qual o certificado mais importante?

“Acho que todos são importantes. Minha primeira pós-graduação se deu com educação física infantil, pois meu sonho era ter uma escolinha, como vim a ter. O segundo aconteceu na minha vida quando passava por um momento muito difícil, de muita dor e um médico que consultei me recomendou acupuntura. Não o levei a sério, mas a partir da 4ª sessão, estava curado e, assim, decidi fazer pós-graduação de medicina tradicional chinesa. Foi uma outra grande sacada na minha vida.”

“O terceiro curso foi de fisiologia do exercício e, o quarto, também, mas este último com foco nos exercícios de treinamento resistido, na saúde, na velhice e na doença, que dá ênfase ao tratamento por exercícios às doenças que vêm com a idade.


“A quinta pós foi a de medicina do exercício do esporte, foi onde tive o melhor e maior feedback. Me lembro que na minha sala havia 18 médicos, me sentia acanhado enquanto treinador físico, mas, no fim, acabei não só estudando, mas me dando bem com todos. Foi um dos cursos mais pesados que fiz, pois trabalhamos muito com reabilitação cardíaca, pós-cirúrgica, dentre outras, e me deu uma bagagem muito bom. Em cima dela, segui o conselho de um dos médicos colega, que acabou me trazendo para a pós-graduação na Faculdade Israelita Ciências da Saúde Albert Einstein, que foi focada em ‘prevenção, tratamento de doenças e promoção da saúde’.” 

Criação do Estúdio Prof. Katyto

“Eu queria falar a respeito de como comecei meu estúdio. Eu tinha a escolinha de futebol e, em 1994, fui para Poços de Caldas-SP e a fala do médico me impactou, acreditei nele. Pensei como poderia começar. Eu já tinha os telefones dos pais dos meus alunos, comecei a telefonar um por um, até conseguir quatro alunas, foi quando decidi parar com a escolinha, que me tomava muito tempo.”


“Comecei a trabalhar com essas quatro mulheres na garagem da minha casa, com apenas 4 halteres, um espelho e dois equipamentos que peguei do lixão da Associação Esportiva São José, com autorização, claro. A partir daí as coisas começaram a fluir. Depois de 15 anos, com um bom nível de alunos, que sempre consegui manter, financiei o estúdio em que trabalho hoje e se passaram 05 anos, de um total de 20 anos de estúdio profissional Prof. Katyto.”

“Tenho cerca de vinte alunos que me acompanham há mais de 10 anos. Eu sempre tentei me superar e isso não é apenas com certificações, é preciso que estejamos a par do que acontece a nossa volta. ‘Se um dia você chegar em um lugar e tiver apenas um quadrinho na parede, uma cadeira e uma mesa e dali dez anos você voltar e a mesma mesa e o mesmo quadrinho estiverem lá, você não volta mais’, é o que sempre digo.”


”Se não nos atualizarmos para estar sempre a par do que acontece, acompanhar a evolução das necessidades dos alunos, será muito difícil conseguir prosperar, especialmente em meio às dificuldades. Atribuo a isto grande parte do meu sucesso.”

As dificuldades

“Eu acho que a grande dificuldade que todo profissional aqui na região enfrenta é com relação às indicações. As pessoas indicam umas as outras sem saber ao certo se são as mais recomendadas para o determinado caso. Sinto a dificuldade de todo mundo, de fato, encontrar um bom profissional, ainda mais hoje, com tantos leques de opções no mercado de trabalho. Vejo profissionais que abraçam todas as opções, tendo apenas uma noção do que se trata cada uma, mas sem a especialização.”

 “Senti dificuldades especialmente no início, quando fazia meus cursos sem nem mesmo ter recursos ou saber onde passaria a noite. Muitas vezes não tive onde dormir enquanto estudava, mas tudo valeu para pesar na minha camisa, hoje dou valor a tudo que tenho, tento ensinar para meus filhos que nada vem por acaso. Hoje, só agradeço, pelas oportunidades, pelas pessoas que me procuram, as amizades.”

Considerações finais

 “O que eu posso deixar como consideração é que espero que as novas gerações continuem a estudar, trabalhar, persistir em seus sonhos e que lutem, até chegarem onde querem estar e até estarem bem.” 

E por toda essa história de dedicação e perseverança nos estudos, no trabalho e pela atenção especial aos seus alunos, mas, antes, por inspirar e cuidar da saúde de tantas pessoas, o GNTC afirma que Katyto é Gente que Entende de... QUALIDADE DE VIDA.