Em
tempos de globalização, é difícil, senão impossível, ser criativo. A Era
Digital criou um novo tipo de ser: aquele que tudo sabe e tudo vê, e em tudo
crê. Nas Redes Sociais, tudo se fala, sobre tudo se comenta, tudo se analisa,
julga, satiriza... enfim, tudo se domina..., embora, muitas vezes, apenas
superficialmente.
Segundo
Lavoisier, “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” e,
conhecedores que somos desta norma científica, pouco, ou nada fazemos com
vistas ao fortalecimento de nossa individualidade, de nosso “eu”. Vivemos em
uma sociedade que nos aprisiona, acorrenta com os grilhões de uma pretensa
superioridade, que não passa de mera suposição. E continuamos simples copistas,
atrás de uma criatividade solapada por imposições de alguns.
Então, o que somos nós, num mundo em que
muitos querem ter voz e vez, muito embora nem sempre tenham se preparado para
tal? Onde, a consciência individual para
distinguir, realmente, o correto do enganoso, a verdade da mentira, o bem do
mal? Afinal, são tantas as informações, os apelos, a divulgação... Em que nos
estamos transformando, para fazermos jus à afirmação do grande cientista?
Levando
em conta o dinamismo e a celeridade com que as novidades são veiculadas, parece
estarmos sempre aquém do esperado, e, no anseio de acompanharmos o passo de um
desenvolvimento frenético, sentimo-nos à margem, perdidos, apesar de impelidos
a mostrar que também somos capazes; afinal, detemos o poder em nossas mãos...
porém, poder de quê, para quê...?
Assim,
“Tem dias que a gente se sente/ como quem partiu ou morreu” e, somos cada vez
mais envolvidos pelo círculo vicioso, que pouco tem de realmente humano, a que
chamamos VIVER. Sem dúvida, o mundo cresceu e continuará a crescer; porém, que
tal crescermos também, em todos os âmbitos, e não apenas na materialidade de
existência? Sem dúvida, isto é possível, apenas depende de cada um de nós.