A
citricultura dos Estados de São Paulo e Minas Gerais vem enfrentando
dificuldades diante do crescimento do greening,
pelo quarto ano consecutivo, nos pomares de laranja no cinturão critrícola,
tendo sido responsável pela eliminação de 10 milhões de laranjeiras.
O
Fundo de Defesa da Citricultura, em levantamento anual, mostra que os pomares
jamais foram tão afetados quanto atualmente. Em Limeira e Brotas, a doença
atinge mais da metade das laranjeiras. Naquela cidade, há incidência da doença
de 61,75%, enquanto nesta, de 50,4%. No total, 22,73% dos pés de laranja já
estão afetados pelo greening, o que
equivale a cerca de 43 milhões de árvores, de 194 milhões plantados.
“Sempre tivemos a
consciência de que era a doença mais séria que existia na citricultura mundial,
porque ela afeta todas as variedades de laranja, limão, tangerina. Ela não mata
a planta, mas faz a produtividade cair gradualmente para menos de um terço do
potencial”, afirmou
Juliano Ayres, Gerente-Geral do Fundecitrus.
O
greening é transmitido por um inseto
que leva ao crescimento irregular da laranja, com tamanho reduzido e deformado,
se não vier a cair do pé, além de apresentar sabor amargo. A propagação é
rápida, então especialistas recomendam vigilância constante do citricultor.
Os
Estados Unidos, em 2005, produzia cerca de 200 milhões de caixas de laranja,
mas devido a não ter feito o manejo correto do greening, pulverizando as plantas, por exemplo, sua produção hoje é
de 52 milhões de caixas. A previsão de safra de 2021/2022 em SP e MG segue a
tendência.
O
Fundecitrus deixou de esperar 294,17 milhões de caixas e, agora, prevê a
entrega de 267,87 milhões, uma diferença de 9%.