Nesta terça-feira, 08, a guerra na Ucrânia chega a seu 13º dia, marcado pela abertura, por parte da Rússia, de corredores humanitários às 10:00h em Moscou. Quatro dos seis caminhos vão diretamente para a própria Rússia ou Belarus. 

Nesta madrugada, o major-general russo Vitaly Gerasimov morreu em combate, segundo informações da Ucrânia. Além disso, os dois países em conflito se encontraram pela terceira vez para negociações.

De acordo com o porta-voz da delegação da Ucrânia, há uma melhora positiva na organização dos corredores humanitários, apesar de pequena. Para o porta-voz russo, Vladimir Medinsky, “ainda é cedo” para que se fale sobre avanços nas negociações, não podendo ser esperada uma resolução logo no próximo encontro.

As demandas da Rússia são de que a Ucrânia não seja integrada à Otan, reconheça a separação da Crimeia e, também, que reconheça a independência de Donbass, dentre outras.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky publicou um vídeo em seu canal do Telegram na noite desta segunda-feira, 07, mostrando continuar em seu gabinete. “É segunda-feira à noite. Dizem que segundas são difíceis. Tem uma guerra no meu país. Todo dia é segunda agora”, disse.

“Eu fico em Kiev. Na Bankova. Não estou me escondendo. E não tenho medo de ninguém”, acrescentou o presidente. “Houve um acordo sobre os corredores humanitários. Funcionou? Em seu lugar houve ataques russos, lança-foguetes, minas russas”, afirmou, acusando a Rússia de ter atacado civis que atravessavam um corredor humanitário

Na terça-feira passada, 1º, o Tribunal Penal Internacional – TPI de Haia, na Holanda, instaurou um inquérito por crimes de guerra ou contra a humanidade na Ucrânia. Um dos fatores é o crescente registro de áreas residenciais alvejadas por bombas e mísseis russos. 

O Estado russo e seu presidente podem ser processados e julgados por crimes de guerra, contra a humanidade e de genocídio.