A guerra na Ucrânia vem provocando aumento no preço do barril do petróleo, que ultrapassou US$105 nos últimos dias. Segundo especialistas, a alta deverá em breve ultrapassar o preço recorde de 2008, de US$147,50.

No Brasil, a alta nos combustíveis deverá ser sentida logo. A princípio, a valorização do real frente ao dólar contrabalanceou a alta do barril, contribuindo para segurar os preços dos combustíveis, dando tempo para que se avaliem as mudanças trazidas pelo conflito, se seriam estruturais e se permaneceriam por longo prazo.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis – Abicom, a Petrobras está em defasagem de 11% na gasolina e 12% no diesel nas principais bolsas de negociação.

A empresa sofre pressão do governo para não promover novos reajustes, pois agravaria o cenário da inflação e afetaria ainda mais o orçamento das famílias, podendo prejudicar até mesmo a campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro – PL.

O governo é o maior acionista da companhia, mas a petrolífera tem seus acionistas minoritários, que exigem sua independência na gestão e resistência a apelos políticos.