Quero compartilhar com vocês uma situação que vivi recentemente. Eu estava em um local onde chegou uma pessoa bastante comunicativa que se apresentou, me dizendo o seu nome e disparou a falar dos títulos e posições que ocupa. No primeiro momento eu tive vontade de rir, mas depois, parei para pensar e percebi que infelizmente no mundo em que vivemos as pessoas estão muito mais apegadas com seu "crachá" do que com sua "identidade".

No crachá normalmente contém um resumo de quem somos, as vezes, até o apelido e não o nome. Porém, destaca-se o título que nos foi atribuído (preletor, visitante, médico e etc.).

Já na identidade está registrada nossa origem, a família a qual pertencemos e nosso nome.

O crachá é usado em ambientes e momentos específicos, já a identidade devemos manter conosco o tempo todo.

Lembrei de uma passagem bíblica que está em II Reis 5. Essa passagem registra a história de Naamã, um homem importante que foi acometido com uma lepra. Porém, causa de seu título, "chefe de exército" sentiu-se constrangido para seguir as instruções do profeta. Ele valorizava tanto seu título, sua posição diante da sociedade, que quase perdeu a oportunidade de receber a cura.

Essa briga de ego, que começa dentro de cada um, essa necessidade de reconhecimento, nos torna pessoas desagradáveis.

Quem nos ama, não nos ama por causa dos títulos que conquistamos, nos ama por quem somos em nossa essência. Pense comigo, Deus nos vê como filhos, nossos pais também, as pessoas que mais amamos certamente estão em nossa vida porque nos conheceram e gostaram muito da nossa identidade, por isso essas pessoas também estão sempre conosco, não apenas em eventos pontuais.

Pense nisso! Liberte-se da superficialidade, seja simplesmente você e viva momentos que te surpreenderão positivamente e te promoverão na vida.