No mês de outubro, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, registrou aumento de 1,25%, a maior taxa para o mês desde 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

O resultado foi maior que a projeção, de 1,06% para outubro. Com isto, a inflação chegou a 10,67% no acumulado dos últimos 12 meses, mantendo-se em dois dígitos, sendo que o teto da meta da inflação do Banco Central em 12 meses é de 5,25% para 2021, com centro de 3,75%.

Em outubro, grupos importantes de produtos e serviços subiram. A inflação atingiu mais o setor de transportes, com alta de 2,62%, puxado pelos combustíveis, que subiram 3,21%.

A escalada inflacionária ganhou força durante a pandemia, que fez disparar, em primeiro momento, o preço dos alimentos e, então, dos combustíveis, que acumulam variação de 38,29%. Além disso, a alta do dólar, estoques menores e o avanço das commodities explicam em partes o comportamento dos preços, sem mencionar a crise hídrica, que levou ao acionamento de usinas térmicas, elevando custos de geração de energia.

Ainda, o mercado financeiro ficou tensionado por conta da manobra do Governo para driblar o teto de gastos, com o objetivo de viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, programa de distribuição de renda que substituirá o Bolsa Família.