Com
R$ 150 milhões, programa financiará projetos locais
O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Flávio Dino, assinou, terça-feira (11), o edital de
chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. A medida
já havia sido anunciada na semana passada, após o massacre ocorrido em uma
creche de Blumenau (SC). Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos
do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de
estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis
diferentes áreas temáticas.
O limite mínimo das
propostas a serem apresentadas é de R$ 100 mil e máximo de R$ 1 milhão para
órgãos municipais e de R$ 500 mil a R$ 3 milhões para os estados e o Distrito
Federal.
Os recursos poderão ser
aplicados, por exemplo, em projetos de expansão das rondas escolares,
realizadas pela Polícia Militar ou Guardas Municipais, cursos de capacitação
para profissionais da área de segurança e cursos que contemplem o acolhimento,
a escuta ativa e o encaminhamento para a rede de proteção às crianças e
adolescentes. O edital também permite ações de pesquisa e diagnóstico na
prevenção em segurança no ambiente escolar, aprimoramento da investigação
cibernética e criação de observatórios sobre violência nas escolas. Os entes
federativos que aderirem ao programa deverão compartilhar e integrar seus bancos
de dados sobre a violência escolar com o Sistema Nacional de Informações de
Segurança Pública (Sinesp).
Redes
sociais
O Ministério da Justiça e
Segurança Pública também informou que a pasta prepara a publicação de uma
portaria que trata sobre responsabilidades e obrigações das plataformas, dos
meios de comunicação eletrônica, dos provedores de conteúdo e de terceiros
sobre moderação ativa para conteúdos violentos na internet e outros meios.
Na última segunda-feira
(10), Flávio Dino se reuniu com representantes de plataformas digitais e exigiu
a criação de canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades
policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas
redes sociais, como a retirada desses perfis. Na ocasião, participaram da
reunião representantes das empresas Meta (Facebook e Instagram), Kwai, Tik Tok,
Twitter, YouTube, Google e WhatsApp.
O ministro cobrou ainda o
monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As plataformas serão
notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos
identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados.
Canal
de denúncia
Denúncias sobre ameaças de
ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da
Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações
enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do
denunciante.
Acesse o site para fazer uma
denúncia.
Em caso de emergência, a
orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.