Uma mulher foi a terceira
pessoa a ser curada do HIV usando um novo método de transplante envolvendo o
sangue de cordão umbilical. As informações são do jornal New York Times.
Segundo os cientistas, o
sangue do cordão umbilical está mais amplamente disponível do que as
células-tronco adultas, normalmente usadas em transplantes de medula óssea, e
não precisa ser compatível com o receptor. Por isso, ele abre a possibilidade
de curar mais pessoas de diversas origens raciais do que era possível antes. No mundo, a maioria dos
doadores nos registros é de origem caucasiana, portanto, permitir apenas uma
correspondência parcial tem o potencial de curar dezenas de americanos que têm
HIV e câncer a cada ano.
Além de ser portadora do
HIV, a mulher que foi curada também tinha leucemia e recebeu o sangue do cordão
para tratar o câncer.
De acordo com o anúncio, o sangue veio de um doador parcialmente compatível, em
vez da prática típica de encontrar um doador de medula óssea de raça e etnia
semelhantes à do paciente.
Conferência
Os detalhes da nova descoberta serão divulgados durante a Conferência Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Denver, Colorado, realizada nesta terça-feira (15/2).
Segundo os pesquisadores, drogas antirretrovirais poderosas podem controlar o HIV, mas a “cura” é a chave para acabar com a pandemia de décadas. Em todo o mundo, quase 38 milhões de pessoas vivem com HIV, e cerca de 73% delas recebem o tratamento. Ainda de acordo com os cientistas, o sexo e a origem racial do novo caso marcam um passo no desenvolvimento de uma cura para o HIV.
O primeiro homem a ser
curado de HIV foi Timothy Ray Brown, conhecido como “o paciente de
Berlim”. Ele faleceu em 2020 depois de um ressurgimento de um câncer, a
leucemia.
A segunda pessoa a ser
anunciada pela comunidade médica mundial como curada do HIV foi Adam
Castillejo, um venezuelano conhecido como 'paciente de Londres'.