O barulho em mim é tão alto, não me deixa concentrar

Me distraio com coisas frívolas, tentando buscar algo que me faça sorrir

Mas sorrir não alivia a dor que dói no nada vazio que se formou.

Eu estou morta? Quando morri? Quem me matou? Por que me matei? Quando deixei que me matassem?

Não? Não morri? 

Ainda há ar em mim? Como deixei de sentir? Como não percebi a inércia que me envolvia em teus braços profundos e solitários? 

Contudo louco é, pois ao mesmo tempo queria sentir algo, mas sentir dói. Dói o que e por quê? Não sei.

Saudades da dor que me lembrava de estar viva.

O cigarro já não satisfaz 

O vinho só me embebeda

O remédio me dopa 

Até quando?

Até quando a confusão mental, a perdição que me faz perder noção do caminho a seguir? Qual seguir? Qual me leva para fora desse furacão de sentimentos elusivos e cheio de vazios de tudo. 

Já não sei mais o que penso, já não penso mais em mim, já não sei mais quem sou.

Estou andando em um caminho, qual caminho? Como cheguei aqui? Aonde irei chegar? Quem SOU? 

SOU O QUE DIZEM? SOU O QUE SOU? MAS SE SOU O QUE SOU, O QUE ME TORNOU ASSIM? TAO VAZIA DE TUDO E DE MIM? ONDE EU ME PERDI? POR QUE ME SINTO PERDIDA?

EGO? COMO TER MEU EU, SE MEU EU JÁ NÃO SOU.

JÁ NAO ME RECONHEÇO AO OLHAR AO ESPELHO.

E O CAMINHO? QUAL SEGUIR? POR QUE TER UM QUE SUPOSTAMENTE DEVO SEGUIR? SEGUIR OS MEUS SONHOS? MAS COMO SEI QUAIS SÃO, QUANDO NÃO SEI NEM QUEM EU SOU? QUAIS SÃO ELES?

AH, AQUELES CAMINHOS QUE NÃO ME LEVAVAM A NADA, QUE EU MESMA CRIEI A FACA E SANGUE NOS MEUS BRAÇOS. NÃO SAÍ DO LUGAR, MAS VOLTEI A SENTIR, A DOR DOÍA EM MEU ÂMAGO. 

 

COMO ME ENCONTRAREI?

QUANDO ME ENCONTRAREI?