A ideia de renovação inspira-nos a todos. Assim, o ano passado fica como sendo um capítulo das nossas vidas. Em 2022, o grande momento esperado será o calendário das eleições para cargos do executivo e legislativo, tanto federal como estadual.

A crise econômica e social que se desenrola desde 2014 e que pautou acontecimentos de 2016, o impeachment de Dilma Rousseff. Em 2018, a eleição de Jair Bolsonaro impulsionada por um sentimento antipetista representava a chegada de uma grande força. Resta-nos avaliar para próximo de outubro se passados mais de três anos, houve mudança de um cenário que promova a retomada de um crescimento melhor do que antes de 2014. É claro que não devemos desconsiderar o impacto da pandemia da Covid-19 que aprofundou essa crise com fechamento de vagas de emprego e aumento da vulnerabilidade social.

Sobre nossas responsabilidades, cabe pensar em não cair nas armadilhas discursivas e sedutoras dos candidatos que enfatizam que o problema do Brasil é corrupção. Prefiro correr o risco de dizer que esse é um mal, aliás, conhecido mal, mas não é o pior dos males. Quem enche a boca como paladino do combate a corrupção se esquece de temas crônicos e fundamentais do país. Fujamos disso! Há aqueles que podem sair em disparada dizendo não serem políticos e sim gestores. Não há argumento mais canalha o desse que tenta vender a imagem de que a política se associa a tudo que há de ruim. Nos últimos tempos a política tem sido esmagada por esses discursos dos “candidato antissistema” ou seja daqueles que não vão fazer o mesmo de sempre e acabam tendo que se render ao “mesmo de sempre”.

Se olhando para traz vemos uma terra arrasada feita para toda sorte de oportunismos, quase um Mad Max político, aprender algo custa sempre caro. Aliás, a democracia, essa que nos permite falar e expressar o que pensamos em liberdade paga um alto preço pela sua existência. Muitas vezes embora uns entendam que podem demonstrar todo e preconceito e ódio pensam fazer isso em nome de uma distorcida noção de liberdade.

A questão central é que precisamos perceber além dessas aparências e performances discursivas algum caminho, proposta séria, projeto consistente para reais transformações e superações do atual quadro grave a qual nos encontramos. O resto é palavrório vazio a qual se perde tempo sem olharmos para o que realmente precisa ser enfrentado.