Fala pessoal, tudo bem? 

Em nosso último encontro, passamos algumas dicas para o investidor iniciante, como montar uma reserva de emergência e diversificar seus investimentos.

Havíamos combinado que falaríamos mais detidamente sobre a reserva de emergência e vamos cumprir o combinado em breve.   

Acontece que, enquanto escrevo essas linhas, o mundo está extremamente preocupado com a iminência de um novo conflito mundial, que envolveria grandes potências, como Estados Unidos, Russia, França, Alemanha e outros países.

Esse grave momento me fez querer falar um pouco com vocês sobre o medo e a ganância, sentimentos comuns a todos nós e que muito impactam nossas decisões quando o assunto é finanças pessoais e que afloram, principalmente em situações extremas e, por vezes, nos conduzem a decisões equivocadas.

Em geral, o medo domina as pessoas em momentos de crise, enquanto que a ganância tende a imperar em momentos de grande euforia.  Por conta das notícias sobre a possibilidade de um conflito que poderá se tornar numa guerra mundial de consequências imprevisíveis, o sentimento de medo passa a dominar as ações dos investidores. 

E o que vimos nos últimos dias, principalmente nas bolsas americanas, foi uma queda causada pelo medo, antecipando algo que sequer ocorreu. Assim, a mera possibilidade de um conflito mundial detonou quedas nos mercados de todo o mundo.  

No entanto, e aqui vai nosso alerta, o investidor deve saber conviver com o medo, para superar os momentos de crise, como também deve saber conviver com a ganância, para não se deixar levar pela euforia.    

As crises, de menores ou maiores proporções, sempre ocorreram e sempre ocorrerão.  O que não podemos deixar acontecer é que o medo nos domine e nos imponha não somente algumas perdas, que são inevitáveis, mas que nos tire do jogo de forma definitiva.  

Portanto, para não nos deixarmos levar pelo medo, é preciso que saibamos o racional por trás de cada decisão que tomamos.  É preciso que saibamos o porquê compramos determinado ativo, o porquê investimos em determinado fundo, o porquê escolhemos essa modalidade de investimento para nossa reserva de emergência, o porquê escolhemos essa classe de ativos para nossa aposentadoria e qual é – importantíssimo – a nossa estratégia para alcançarmos nossos objetivos e a nossa liberdade financeira.

Se nos ativermos a nossa estratégia e estivermos cientes de nossas escolhas, teremos a serenidade necessária para superarmos os medos, bem como para evitarmos a extrema ganância.

Esperamos que essa ameaça de conflito seja debelada e que as nações, já tão combalidas com as sequelas deixadas pela pandemia causada pelo COVID, busquem o entendimento e que a paz seja mantida.  Até nosso próximo encontro.