A atual conjuntura da economia brasileira sugere cautela em todos os aspectos da vida em sociedade. Discussões de cunho político, principalmente “do que deve ser feito” povoam as redes sociais, assim como críticas de natureza diversa. Longe deste turbilhão de discussões, olhemos a situação particular de Tietê, como parte de um diagnóstico responsável para com a proposição de soluções. No caso, observar o mercado de trabalho gerando emprego e desemprego. Estes dados são computados em um saldo, cujo resultado vem da subtração entre admissões e desligamentos. Se o saldo for positivo, as empresar contrataram mais do que demitiram; se negativo, há a formação de contingente de desempregados, usando os dados do Novo CAGED.

*Desempenho do mercado de trabalho em Tietê até agosto de 2021 - CAGED

Durante o ano de 2020, houve mais desligamentos do que admissões na cidade, no saldo, 82 pessoas sem realocação no mercado. Com exceção do comércio, todos os setores contribuíram para este saldo negativo, sendo Serviços o maior responsável pelas dispensas e pouca reposição. Dentro deste grupo destacam-se no mercado privado, alojamento e alimentação com saldo negativo de vagas, contrariamente ao que aconteceu com transporte, armazenagem e correio, e Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias profissionais e administrativas. Estes dois últimos aparentemente tiveram a capacidade de absorver contingente gerado pela iniciativa privada e setor público.

Em agosto de 2021, a tendência de mais desligamentos que admissões se revertei na cidade, com um saldo de 125. Entretanto, no acumulado dos primeiros meses de 2021, o mesmo saldo é positivo. O setor com melhor desempenho, ou seja, com mais admissões que demissões, foi o de indústria (62), com destaque para Industria Têxtil.  Quanto aos Serviços (50), comprova-se uma completa inversão do comportamento destacado para 2020 dentro dos subsetores que o compõe, com maiores chances de emprego nas atividade de Transporte, armazenagem e entregas.