A
Polícia Federal deflagrou hoje (25) uma operação para aprofundar a apuração de
crimes de lavagem de dinheiro praticados por envolvidos em um esquema de
tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de
Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.
A
Operação Lavaggio 2 é um desdobramento da Operação Overload e visa também
identificar bens adquiridos com recursos obtidos por meio das atividades
criminosas e os envolvidos que tenham autorizado o uso de seus nomes para a
compra dos bens.
Segundo
a PF, esta fase das investigações está focada em um dos investigados e seus
familiares residentes no Mato Grosso. “Esse envolvido utilizava a logística do
Aeroporto Internacional de Viracopos para enviar remessas de grande quantidade
de drogas para a Europa, já tendo identificado movimentações financeiras
incompatíveis com a renda declarada, além da aquisição de joias, relógios e
veículos de luxo, além de apartamentos, empreendimentos imobiliários em São
Paulo e uma fazenda em Mato Grosso”, diz a PF.
Nesta
segunda-feira, policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão,
expedidos pela Justiça Federal em Campinas, sendo cinco em Mato Grosso e dois
em São Paulo.
Fases e
desdobramentos
A
primeira fase das investigações foi a Operação Overload, quando foi constatada
existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de
drogas operando a partir de Viracopos, envolvendo empregados de empresas
terceirizadas, de companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública
e estrangeiros em solo europeu. Foram presas 32 pessoas e apreendidos veículos
e dinheiro no valor aproximado de R$ 3 milhões.
A
Operação AKE, o primeiro desdobramento da Overload, cumpriu sete mandados de
prisão preventiva expedidos contra os investigados que compunham parte da
organização criminosa, estando estes presos até a presente data.
Na
Operação Lavaggio 1, a PF identificou 20 atos de lavagem de dinheiro
relacionadas a um dos principais investigados. Nesta fase foram cumpridos seis
mandados de busca e apreensão e sete ordens judiciais de bloqueio de imóveis,
com valores acima de R$ 3 milhões.
A
quarta fase foi a Operação Airline, quando a PF cumprir 18 mandados de prisão
preventiva dos envolvidos e dois mandados de busca e apreensão.