O papa Francisco reconheceu um milagre atribuído à intercessão de Joao Paulo I, cujo pontificado durou apenas 33 dias, abrindo assim caminho à sua beatificação, informou hoje (13) o Vaticano.
Durante audiência ao prefeito da Congregação para as
Causas dos Santos, Francisco autorizou a promulgação do decreto relativo ao
milagre atribuído a João Paulo I (Albino Luciani), nascido em 17 de outubro de
1912 em Forno di Canale (hoje Canale d`Agordo, Itália) e falecido em 28 de
setembro de 1978 no Palácio Apostólico (Estado da Cidade do Vaticano).
João Paulo I, que ficou conhecido como o "Papa do
sorriso", foi eleito em 26 de agosto de 1978 e morreu inesperadamente 33
dias depois, tornando o seu pontificado um dos mais curtos da história.
O milagre pelo qual Luciani será proclamado
bem-aventurado refere-se à suposta cura inexplicável de uma criança argentina
que sofria de grave doença cerebral.
A jornalista e vice-postuladora da causa da canonização,
Stefania Falasca, anunciou há algumas semanas no jornal religioso Avvenire que
o conselho médico que examinou o caso da menina argentina "decidiu por
unanimidade que a cura era cientificamente inexplicável".
A causa de canonização de Albino Luciani foi aberta em
novembro de 2003, 25 anos após a sua morte, e terminou em novembro de 2017 com
o decreto sancionado pelo papa Francisco, que proclamava as virtudes heroicas
de João Paulo I.
No fim de novembro de 2017, terminou a investigação
diocesana iniciada em 2016 na diocese argentina de Buenos Aires.
Ao ser reconhecido o milagre da cura da criança, abre-se
o caminho para a beatificação de João Paulo I, faltando apenas aguardar a
data que será fixada pelo papa Francisco.