Estou certa de que a maioria dos leitores deste artigo, se não todos, em algum momento de suas vidas ou ainda hoje, como alunos ou seus pais, vivenciaram a expectativa de encontrar na escola o melhor preparo técnico necessário para o ingresso em universidades por meio de processos seletivos que exigem, não só conhecimento, mas memorização de grande quantidade de conteúdo.

Não pretendo aqui esgotar um assunto tão vasto e complexo, mas chamar a atenção para qual ou quais caminhos esperar que a escola leve seus estudantes.

É indiscutível que os vestibulares ou demais provas eliminatórias fazem parte do sistema de Educação no Brasil e que representam, assim, uma importante etapa na vida dos jovens. Contudo, há de se compreender que a escola tem um papel muito maior: o de preparar para a vida, considerando todas as necessidades da humanidade.

Frente ao que vivemos durante a pandemia do coronavírus, evidenciou-se a importância do desenvolvimento socioemocional. Claramente a escola, sendo um dos primeiros espaços de convívio social das crianças para além de seus lares, tem um importante papel nesse sentido. Mas é preciso ir além de promover convivência. É primordial o trabalho para o autoconhecimento. É necessária uma formação em valores. É essencial contribuir intencionalmente para a construção da moralidade e da cidadania. É imprescindível pensar no futuro e em um projeto de vida.

Ao se sentir pertencente, ao encontrar sentido no que faz e ao ser incentivado a se emprenhar no desenvolvimento de projetos ou resoluções de problemas é que o aluno se dá conta de seu papel e percebe-se corresponsável por seu processo de aprendizagem. Com real protagonismo, crianças e jovens preparam-se para um mundo que, hoje, além do domínio de recursos tecnológicos, exige ideias inovadoras, capacidade de liderar e trabalhar em equipe, espírito empreendedor, além de outras competências contemporâneas.

E se é possível e necessário comunicar-se com todo o mundo, torna-se imprescindível conhecer e compreender outras culturas e idiomas.

 Assim, é necessário que as escolas se ajustem a um novo conceito e os educadores, mais do que nunca, estejam engajados e se mobilizem para participar ativamente dessa mudança, a fim de criarem a escola do futuro.

Hoje, à frente da Diretoria Pedagógica e Educacional do Colégio Origem, Cerquilho – SP, tenho a possibilidade de oportunizar à equipe docente e aos estudantes um novo olhar e novas práticas na escola, que, mesmo com pouco mais de um ano de vida, já revela resultados maravilhosos não só entre sua comunidade escolar, mas gerando mudanças na educação da região, quando percebemos o movimento de outras escolas em busca de oferecer o melhor a seus alunos, abrindo outros caminhos.

Para onde leva a escola? Para onde o aluno, com uma formação completa, desejar ir.