Passados dois meses sem reajuste, o diesel nas refinarias Petrobras subirá 3,7% a partir de amanhã, 06. O anúncio traz também um aumento na gasolina em 6,3%, acompanhando a alta das cotações internacionais do petróleo. De acordo com a própria estatal, o litro do óleo diesel passará a ser vendido por um preço médio de R$2,81, uma elevação de R$0,10. A gasolina será comercializada pelas refinarias a um valor médio de R$2,69, um aumento de R$0,16 em relação ao valor vigente até hoje, 05.

Na última sexta-feira, 02, a Ativa Investimentos divulgou um relatório informando uma defasagem de 20% no valor da gasolina. “Pelo o que estamos acompanhando, tal reajuste não deverá ser dado pela Petrobras tão em breve, uma vez que a companhia tem esperado intervalos maiores para reajustar os preços”, afirmou o economista-chefe da companhia Ativa, Étore Sanchez.

Um pouco antes do anúncio feito pela Petrobras, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis - Abicom havia calculado uma defasagem nos preços de 12% em relação à gasolina e 7% quanto ao diesel, salientando que o último reajuste se deu há 66 dias. Com o reajuste, a Abicom calcula uma queda na defasagem para 7% em relação à gasolina e 3% no diesel.

A percepção de que a Petrobras vem aguardando prazos maiores surgiu a partir da substituição de Roberto Castello Branco, demitido pelo Presidente Jair Bolsonaro após uma escalada de preços ocorrida no início deste ano, que terminou por derrubar o preço das ações da companhia. Em seu lugar, assumiu o General Joaquim Silva e Luna, que defende a redução da volatilidade, mas, também, a conciliação de “interesses de consumidores e dos acionistas”.

O valor final dos combustíveis depende dos demais integrantes da rede de consumo, como distribuidoras e postos de abastecimento, informando a Petrobras que seus preços de venda representam 54% do valor de bomba do diesel e 32% da gasolina.