Os preços do petróleo seguem subindo nesta terça-feira, 08, com os temores de sanções às exportações russas de petróleo e combustíveis aumentarem, preocupando a disponibilidade de oferta. As bolsas de valores da Europa estão em alta. 

O barril do petróleo subiu 3,57%, sendo negociado a US$127,61 por volta das 09:00h da manhã. Apenas ontem, 07, o barril subiu 4,31% a US$123.21. 

Isso se deve ao fato da Rússia ser a segunda maior exportadora de petróleo do mundo, atrás da Arábia Saudita, exportando quase 07 milhões de barris por dia, sendo responsável por 07% do fornecimento mundial.

Os EUA anunciaram estarem discutindo com outros países a proibição de importação de petróleo russo após a invasão da Ucrânia, mas a Alemanha, maior compradora do petróleo russo bruto, rejeitou o plano.

Como resposta, a Rússia, por sua vez, ameaçou nesta segunda-feira, 07, interromper o fluxo de gás natural através de seus gasodutos para a Alemanha, por não ter aberto um controverso novo gasoduto no início do mês passado, o Nord Stream 02.

Hoje, 08, a Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás natural para toda a Europa, prevendo “consequências catastróficas”, caso seja proibida a compra do seu petróleo. Se proibida a compra do petróleo russo, o barril pode ultrapassar os US$300, segundo especialistas.

Outro produto do qual a Rússia é produtora é o níquel, que atingiu seu preço recorde hoje. O metal é usado para produzir aço inoxidável e baterias de carros elétricos, chegando a ser negociado a US$101.365 a tonelada. Uma hora mais tarde, o preço caiu para US$82.195.

A guerra na Ucrânia vem desestabilizando as bolsas de valores de todo o mundo e provocando a disparada de preços de commodities. O índice de ações mundiais MSCI, que acompanha ações em 50 países, registrou uma perda de 10% desde o início de fevereiro.