A Pfizer e a BioNTech informaram, nessa terça-feira (25), que iniciaram ensaio clínico para testar nova versão de vacina projetada especificamente para atacar a variante Ômicron da covid-19, que escapou de parte da proteção fornecida pelo sistema original da vacina de duas doses.
Contando com voluntários nos
Estados Unidos (EUA), empresas planejam testar a resposta imune gerada pela
vacina contra a Ômicron, tanto como um regime de três doses em pessoas não
vacinadas quanto como reforço para aquelas que já receberam duas doses do
imunizante original.
Os laboratórios também estão
testando a quarta dose da vacina atual em pessoas que receberam a terceira dose
da Pfizer/BioNTech três a seis meses antes.
As empresas planejam estudar
a segurança e a tolerabilidade das doses em mais de 1,4 mil pessoas
que serão inscritas no teste.
"Embora a pesquisa
atual e dados do mundo real mostrem que reforços continuam fornecendo alto
nível de proteção contra doenças graves e hospitalização pela Ômicron,
reconhecemos a necessidade de estar preparados caso essa proteção diminua
com o tempo e, potencialmente, de ajudar a lidar com a Ômicron e novas
variantes no futuro", disse a chefe de pesquisa e desenvolvimento de
vacinas da Pfizer, Kathrin Jansen, em comunicado.
Dependendo da quantidade de
dados de ensaios clínicos exigidos pelos reguladores, pode não ser possível
realizar um plano atual para lançar vacina direcionada à Ômicron até o
fim de março, afirmou a BioNTech.
Segundo a Pfizer, duas doses
da vacina original podem não ser suficientes para proteger contra a infecção da
nova variante, e a proteção contra hospitalizações e mortes pode estar
diminuindo.
Ainda assim, o Centro de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA afirma que a terceira dose
de uma vacina de mRNA, como a da Pfizer/BioNTech, forneceu 90% de proteção
contra hospitalização por covid-19.