Segundo a definição, "queda é um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do individuo para um nível mais baixo em relação a posição inicial, associado ou não a consequências".

Estes eventos, em idosos, se tornam mais frequentes e potencialmente perigosos com o passar do tempo.

As estatísticas mostram que cerca de 40% das pessoas de 65 anos ou mais tiveram um episódio de queda no último ano. Em indivíduos com 80 anos ou mais, esse número sobe para mais de 50%.

Vale destacar que muitos destes acidentes ocorrem por alterações fisiológicas. Podemos destacar a diminuição da visão e da audição, o sedentarismo, distúrbios músculos-esqueléticos, como a fraqueza muscular e degenerações articulares, alterações na postura, no equilíbrio e locomoção, além de algumas deformidades nos joelhos e pés principalmente.

Outras mudanças também associadas ao envelhecimento, como a redução da velocidade da marcha, diminuição do comprimento dos passos e passadas, do impulso e a redução do balanço dos braços, rotação da pelve e apoio unipodal, devem ser fatores levados em consideração.

Cerca de 1% das quedas tem como consequência a fratura fêmur, sendo que 90% destas fraturas, que causam um período médio de internação de no mínimo 15 a 20 dias, além de longa reabilitação com remédios e fisioterapias, são resultados das "Quedas".

O idoso acamado perde 1,5% de sua força muscular por dia, podendo chegar a 10% por semana. Além dos efeitos negativos no corpo, há mudanças comportamentais que merecem atenção.

As quedas são consideradas a terceira causa de morte em geral em idosos. Entre as causas de quedas mais comuns, relatadas pelos pacientes, podemos citar:

- Queda de pressão arterial ao levantar da cama - 22%

- Esbarrões ou escorregões em objetos que não são visualizados - 19%

- Uso de calçados inapropriados - 14%

- Obstrução dos caminhos dentro de casa como móveis, escadas, tapetes - 11%

Por isso tudo, a prevenção e fundamental.

O apoio da família e dos cuidadores também é importante neste contexto.

É preciso dar atenção ao uso correto dos dispositivos de auxilio, ao calçado que o idoso usa, aos cuidados com os pés, aos exercícios que podem, precisam e devem ser praticados.

Mantenha o corpo ativo e o fortalecimento dos músculos, (em especial faça musculação com alguém que tenha conhecimento), para garantir melhor mobilidade. Nestes casos, o exercício resistido musculação, que utilizam pesos, tem demonstrado efeitos promotores de força, saúde cardiovascular e alto grau de segurança geral.

Os estudos com pessoas idosas tem documentado a importância dos efeitos dos exercícios resistidos para evitar quedas, melhorar a qualidade de vida por meio do alivio de dores articulares, maior independência funcional e melhora da auto estima.