Quando falamos sobre uma doença tão desafiadora quanto o câncer, é preciso nos aprofundar nos motivos que a torna tão complexa. Um dos primeiros motivos é o impacto que o diagnóstico causa, não só no paciente, como também em toda a família, rede de apoio, cuidadores diretos, indiretos, familiares e amigos.

Além disso, o impacto não é só físico, mas também psíquico e social. Então, podemos enxergar que a melhor ou a maneira mais inteligente de diminuirmos as chances de vivenciarmos essa experiência seria a prevenção. Mesmo o câncer sendo considerada uma doença multifatorial, ou seja, não há uma causa específica nem mesmo para os casos com herdabilidade genética, a causa do desenvolvimento de uma neoplasia maligna (câncer), não é garantido.

O que de fato pode agravar essa situação, ou propiciar que aqueles que não tenham causa genética, ainda assim sejam diagnosticados com câncer é o fator epigenético. E o que seria isso? São fatores externos que nos envolvem, muitos deles acompanhados por um comportamento toxico (sedentarismo, obesidade, uso de drogas, contato com alguns vírus e radiação), que proporcionam que as leituras de nossas células ocorram de forma incorreta mandando informações para que algumas dessas células tenham um comportamento turorigenico e, aí, as chances do desenvolvimento de um câncer se tornam expressivas.

E quando falamos de prevenção e olhamos para esse cenário que o comportamento representa +-70% de chances do aparecimento ou não de alguns tipos de canceres, podemos nos sentir mais tranquilos, porque esses comportamentos podem ser modificados a qualquer momento e em qualquer modificação, já identificamos melhoras, capazes de nos prevenir de nos vivenciarmos essa experiencia tão dolorosa quanto o diagnóstico, e tudo que envolve o tratamento oncológico. O que estaria envolvido nessa prevenção? Desenvolvemos um protocolo baseado na medicina do estilo de vida, que possui pilares sólidos para a busca da promoção de saúde, e prevenção de doenças, inclusive o câncer, que são:

- alimentação saudável e adequada;

- qualidade de sono;

- atividade física regular;

- controle do estresse;

- espiritualidade e relacionamentos saudáveis.

Além, é claro, de todos os exames de rotina como prevenção. Para nos prevenirmos de algo tão grave, quanto o desenvolvimento de um câncer, é importante pensarmos que todas as ações precisam ser tomadas a médio e longo prazo, ou seja, sem pressa, mas sem pausa. Outro ponto que é importante dizer é que o câncer leva anos para se desenvolver, anos para ser notado por algum exame, logo o momento da prevenção se torna já.

Agradecimento especial pela colaboração do texto: Dr.ª Mayra Trevisani, CREF 134260-G/SP.