A produção industrial brasileira cresceu 0,7% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. A alta eliminou apenas parte da perda de 2,2% ocorrida na passagem de dezembro para janeiro. O dado, da Pesquisa Industrial Mensal, foi divulgado ontem (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, a
indústria também acumula altas de 0,4% no trimestre e de 2,8% em 12 meses. Na
comparação com fevereiro do ano passado, no entanto, houve queda de 4,3%. O
acumulado do ano também tem perda de 5,8%.
A alta de
janeiro para fevereiro atingiu 16 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE, com
destaque para indústrias extrativas (5,3%) e produtos alimentícios (2,4%).
“O setor extrativo teve
queda importante em janeiro, por causa do maior volume de chuvas em Minas
Gerais naquele mês, o que prejudicou a extração do minério de ferro. Com a
normalização das chuvas, houve regularização da produção. Já o setor alimentos
teve seu quarto mês positivo de crescimento, acumulando no período ganho de
14%. Em fevereiro, os destaques foram a produção de açúcar e de carnes e aves,
dois grupamentos importantes dentro do setor de alimentos”, disse o pesquisador
do IBGE André Macedo.
Também tiveram altas
importantes os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,7%), os veículos
automotores, reboques e carrocerias (3,2%), a metalurgia (3,3%) e as bebidas
(4,1%).
Por outro lado, dez
atividades tiveram perdas de janeiro para fevereiro, entre elas
coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%) e celulose,
papel e produtos de papel (-3,4%), que causaram os principais impactos em
fevereiro.
As quatro grandes categorias
econômicas da indústria tiveram crescimento no período, com destaque para bens
de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo
(1,9%).
Os bens intermediários, isto
é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, tiveram alta de 1,6%.
Entre os bens de consumo, houve crescimento de 1,5% nos semi e não duráveis e
0,5% nos duráveis.