Diante de uma folha em branco, a dificuldade de expressão... buscam-se assuntos, ensaiam-se reflexões, procura-se a melhor palavra... aquela que transmita o que nos vai no coração, povoe a mente, preencha o tempo de quem ouve, de quem escreve, de quem lê.

Ah, a palavra, eternamente a palavra; prerrogativa e fruto da criação humana,  instrumento da comunicação, responsável por ganhos e perdas, entendimentos e desavenças, acordos e discórdias ... a palavra, a tão decantada palavra, exclusividade do homem, que tanto pode levá-lo às alturas como fazê-lo descer ao inferno.

Que seria de nós, se não tivéssemos registradas as descobertas ao longo do tempo, perpetuadas as obras de arte nascidas de mentes privilegiadas, que nos trazem deleite e informações, transportando-nos a mundos de fantasia e conhecimento? Certamente viveríamos a inércia e a mesmice repetitiva a atravancar qualquer tipo de crescimento. Não viveríamos, vegetaríamos apenas.

Conhecer a palavra e saber usá-la, no momento certo e no sentido correto, “eis a questão”... Aplicá-la com sabedoria, tanto para elogiar quanto para repreender, dizê-la com dureza, se necessário, ou com doçura, quando a ocasião  demandar. Isto não pressupõe erudição, mas coerência e adequação, sensibilidade, tirocínio, coração...

Ah, a palavra... eternamente a palavra... amante dela que sou, jamais serei a adepta do descaso para com ela,  do uso grosseiro, jocoso e/ou  inadequado e irresponsável. Ela é a representação e a manifestação de nossa humanidade. Que saibamos empregá-la, sempre.