O que temos em abundância à
nossa volta o tempo todo, em qualquer lugar,é o ar! Neste momento de pandemia,
é um dos principais sintomas da COVID-19, a falta de ar. A sensação de querer
respirar e não ter este elemento da naturezadisponível.
Mas o quanto já valorizamos
este simples ato em nossas vidas? Apenas agora estamos mais atentos se estamos
conseguindo respirar ou não? Provavelmente sim, pelo simples motivo de termos
em abundância e nem sequer precisamos pensar em como respirar, ato contínuo e
autônomo de nosso organismo.
O que poucos sabem é que
respirar, e prestar atenção nesta respiração, pode aliviar sintomas ansiosos,
diminuir a irritabilidade, regular emoções.
Considerados os males de
nosso século, a ansiedade e a depressão podem ter seus sintomas diminuídos com
sessões regulares de meditação em que concentramos toda nossa atenção na
respiração, método de treinamento mentalchamado de atenção plena, ou mindfulness.
Sem a necessidade de lugares
e posições específicos, meditar é focar toda nossa atenção na respiração,
observando nossos pensamentos e deixando de brigar com eles. Percebendo que não somos nossos pensamentos,
observamos sem criticar. Como observadores, podemos perceber que os pensamentos
e as sensações a eles atreladas, vão e vem, sem a necessidade de nos fixarmos
neles, observando-os com curiosidade e permitindo que se afastem.
Estudos científicos
revelamque esta prática – e deve se tornar prática/hábito para que possamos
sentir seus benefícios -tem importante influência na saúde. E está disponível
24 horas dos nossos dias, em todos os momentos e lugares.
Se você quer começar a se
beneficiar desta prática, inicie reservando um minuto de sua atenção à sua
respiração. Apenas observe o ar entrando e saindo de seu corpo e as sensações
que cada respiração/expiração geram. Não altere o ritmo, torne-se apenas um
observador. Se a mente divagar, apenas
traga-a de volta. Sem críticas, sem julgamentos. Apenas observe. Você pode
ficar mais tranquilo – ou não -neste momento, mas apenas registre suas
sensações, sejam elas quais forem. Apenas observe – esta é a chave!
Muitos benefícios podem ser
sentidos com a prática regular da atenção plena. Lembrando que não é religião, apenas um
método de treinamento mental, não precisa de muito tempo, mas de persistência e
certa disposição para experimentar algo novo, que nos desligue do piloto
automático e nos possibilite sermos mais observadores de nossos pensamentos e
sensações, do que refém deles.
Para saber mais sobre o
assunto recomendo a leitura do livro Atenção Plena – Mindfulness – Como
encontrar a paz em um mundo frenético, de Mark Willian e Danny Penman.
Patrícia Cláudia Rodrigues,
psicóloga/neuropsicóloga eespecialista em Terapia Comportamental Cognitiva.
CRP-06/46547. Contato: 15-997685356